Frente fria ameniza clima, mas onda de calor continua em vários estados do Brasil
A frente fria atravessando o oceano deve reduzir as temperaturas nesta quarta-feira (15/11). Mesmo que não sejam esperados termômetros recordes, a onda de calor deve durar pelo menos até a próxima sexta-feira (17).
Segundo o Climatempo, a frente fria puxará umidade da Amazônia para a região central. Esta alteração deverá resultar, ainda que temporariamente, em temperaturas ligeiramente inferiores às registadas nos últimos dias.
A quarta onda de calor do ano atinge o seu pico entre quinta e sexta-feira.O Inmet continua mantendo alerta de “grande perigo” para altas temperaturas em 15 estados e no Distrito Federal.
Segundo José Marengo, climatologista e coordenador- geral de pesquisa e desenvolvimento do Cemaden, as ondas de calor são comuns no início do verão. No entanto, este ano os eventos são mais intensos devido ao fenômeno incomum do El Niño e aos efeitos do aquecimento global.
“Uma onda de calor na primavera não é incomum. Mas já foram quatro ondas nos últimos meses e ainda nem chegamos ao final da temporada.“Devido ao aquecimento global, as ondas tornaram-se mais intensas e frequentes”, alerta José Marengo.
Mesmo com a aproximação de uma frente fria e o aumento da umidade, espera-se que as temperaturas permaneçam altas em grande parte do Brasil. As capitais do Centro-Oeste e Sudeste continuam a ser as mais atingidas pela onda de calor.
Em Cuiabá a previsão do tempo para a próxima quarta-feira prevê máxima de 43°C. Em Goiânia o termômetro deve marcar 38°C.A previsão é de chuva em São Paulo à tarde, com temperatura máxima de 37°C.
Alerta de baixa umidade
Além das altas temperaturas, o Inmet também alerta para baixa umidade devido à onda de calor.
Onze estados brasileiros estão sob aviso de “perigo” ou “grande perigo”:
- Alagoas
- Bahia
- Ceará
- Goiás
- Maranhão
- Minas Gerais
- Paraíba
- Pernambuco
- Piauí
- Rio Grande do Norte
- Sergipe
De acordo com a classificação do Inmet, o estágio de “perigo” é colocado quando a umidade relativa do ar varia entre 20% e 12%. Nessa situação, há risco de incêndios florestais, além de prejuízos à saúde – como ressecamento de pele, olhos e nariz.
Já o aviso de “grande perigo” se refere ao risco de umidade do ar abaixo de 12%. Com isso, há grande alerta para queimadas e risco de doenças pulmonares e dores de cabeça.