Fim das chuvas no RS está próximo?

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De um ponto de vista técnico, este bloqueio teve início no dia 22 de abril. Já se passaram 16 dias consecutivos de sua atuação até o dia 7 de maio, e a previsão da Climatempo é que ele continue até o dia 14 de maio.

Após isso, espera-se que o bloqueio enfraqueça ou até mesmo se desfaça completamente, permitindo que as frentes frias sigam seu curso natural: passando pelo Rio Grande do Sul e pelos demais estados da Região Sul, e depois seguindo para o Sudeste. As frentes frias mais intensas podem até mesmo influenciar o Centro-Oeste.

Em geral, bloqueios atmosféricos tão fortes como este que estamos vivenciando são enfraquecidos ou rompidos por mais de uma frente fria. É como se a primeira frente fria desse alguns golpes no muro do bloqueio dos ventos, enquanto a segunda entrasse com maquinários pesados para destruí-lo.

Maio é um mês em que é bastante comum termos grandes e fortes frentes frias, capazes de trazer chuva e ar polar para o interior do Brasil. Isso proporciona dias bastante frios, até mesmo em estados como Acre, Rondônia e Mato Grosso, além de áreas do norte de Minas Gerais e Espírito Santo.

As massas de ar frio de origem polar que se deslocaram da Antártica e chegaram à América do Sul no início de maio tiveram força suficiente apenas para esfriar o centro-sul da Argentina.

No próximo fim de semana, nos dias 11 e 12 de maio, uma segunda frente fria deverá chegar ao Brasil e ao norte da Argentina com maior intensidade. É essa frente fria que dará os primeiros golpes no bloqueio atmosférico, começando a abrir caminho para outras frentes frias.

Durante a segunda metade de maio, com a esperança de que o bloqueio atmosférico se enfraqueça e até se rompa, o Rio Grande do Sul desfrutará de vários períodos ensolarados, frios e sem chuva. No entanto, outras frentes frias passarão pelo estado, mas não permanecerão por lá. Portanto, ainda teremos eventos de chuva até o final do mês, intercalados com dias de sol e frio, mas não tão persistentes e volumosos como os observados desde o final de abril e na primeira semana de maio de 2024.

No entanto, devido à chuva extrema e à situação de calamidade total dos últimos dias no Rio Grande do Sul, maio de 2024 já se tornou um mês histórico para o clima do estado, do Brasil e da América do Sul.

No inverno e na primavera de 2023, o Rio Grande do Sul enfrentou eventos catastróficos de chuva relacionados às alterações atmosféricas causadas por um episódio muito intenso do fenômeno El Niño. Foram chuvas extremas que deixaram grande parte do estado submersa.

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