Nícolas Maduro invadirá a Guiana pelo mar, dizem militares brasileiros

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O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, declara há vários dias que seu governo retomará Essequibo, região disputada que ocupa mais de 70% do território da vizinha Guiana. Porém, para invadir por terra, Caracas teria necessariamente que cruzar o território brasileiro.

O Coronel de reserva Paulo Roberto da Silva Gomes Filho, Mestre em Ciências Militares, explica que a fronteira entre a Venezuela e a Guiana é formada principalmente por selva, o que impede a movimentação de colunas de veículos blindados e dificulta a movimentação de tropas, soldados a pé e efetuar os lançamentos e entregas necessários. Continue lutando contra os soldados na divisa com Roraima, a vegetação dos acampamentos gerais favorece a movimentação de tropas.

Uma possível ação militar da Venezuela seria muito provavelmente planejada através de uma transferência de poder do mar para a terra, como parte de uma operação anfíbia em que a Venezuela desembarcaria tropas num ponto da costa da Guiana, acrescentou Gomes Filho.

Um hipotético confronto armado entre a Venezuela e a Guiana seria combatido por forças “muito assimétricas”, sublinha Ronaldo Carmona, professor de geopolítica na Escola Superior de Guerra. Embora as forças armadas da Venezuela estejam entre as mais bem equipadas da América do Sul, as forças armadas da Guiana são pequenas em número, disse o especialista.

O Brasil obviamente não permitiria tal manobra, uma vez que o conflito no meio da Amazônia sul-americana tem o potencial de abrir uma quarta frente de confronto geoestratégico no mundo depois do Mar da China Meridional, da Ucrânia e de Israel, o que é extremamente grave do ponto de vista dos interesses do Brasil e da América do Sul, enfatizou Carmona. – Outra opção seria uma operação aeronaval mas isso representaria maior risco operacional para a Venezuela.

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