MP abre inquérito para apurar causa de desabamento da obra do metrô de SP

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O Ministério Público de São Paulo, por meio da Promotoria de Justiça de Habitação e Urbanismo da Capital, instaurou inquérito para apurar as causas do   . Nessa terça-feira (1), um desmoronamento fez ceder parte do asfalto da Marginal do Tietê e provocou a interdição da via no sentido Ayrton Senna.

O acidente ocorreu nas imediações da Ponte do Piqueri, na zona oeste de São Paulo, e, segundo o governo, foi causado pelo rompimento de uma coletora de esgoto. O motivo dessa ruptura ainda não foi esclarecido. Não houve vítimas. Quatro trabalhadores da obra foram socorridos após contato com a água do esgoto, mas liberados em seguida.

O inquérito também vai apurar “a extensão dos danos urbanísticos e ambientais decorrentes do incidente”. O documento ainda explica que a Promotoria requisitou informações do consórcio contratado pelo Governo do Estado. “A Defesa Civil foi instada a informar sobre a existência de risco nos imóveis residenciais e empresariais existentes no entorno. A Sabesp e a CET deverão prestar esclarecimentos, respectivamente, sobre a rede de esgoto e ordenação do trânsito na região.” 

Segundo a Secretaria de Transportes Metropolitanos (STM), o acidente foi causado pelo rompimento de uma galeria de esgoto que passa no sentido transversal ao túnel. O vazamento teve início às 8h21, e o solo, por não suportar o peso da galeria, se rompeu. O motivo da ruptura não foi esclarecido. A pasta informou que enviou uma equipe para acompanhar a apuração da causas. 

Com o desmoronamento e a interdição, o trânsito ficou lento na Marginal e em outras vias. No início da tarde, houve a liberação total da pista expressa, mas outras faixas seguiam interditadas para avaliação de risco. O rodízio municipal de veículos foi suspenso. 

Tatuzão

A Acciona, uma das empresas responsáveis pela obra, diz que não houve choque do tatuzão, equipamento que perfura túneis, com a galeria de esgoto, pois ele passava a 3 metros dela no momento do acidente. A hipótese havia sido levantada inicialmente pelo Corpo de Bombeiros. Em nota, a empresa explica que o rompimento da galeria ocorreu próximo do VSE Aquinos (poço de ventilação e saída de emergência). 

André de Ângelo, diretor da Acciona, afirmou que medidas estão sendo tomadas para identificar o que causou o rompimento da coletora. “Vamos buscar rapidamente soluções para retomar as obras”, disse. 

“A Acciona identificou que o problema foi de uma coletora, eles atingiram uma coletora da Sabesp. Dadas as circunstâncias, é o menor dos problemas, poderia ser algo muito mais grave”, disse o governador João Doria (PSDB). “Felizmente não tivemos nenhuma vítima nem com ferimentos e muito menos óbito”, concluiu.

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