Lula viaja aos EUA para se encontrar com Biden; confira os temas que será tratado

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O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, viaja a Washington DC nesta quinta-feira para se encontrar com seu homólogo norte-americano, Joe Biden, em um encontro que gerou grandes expectativas porque pode representar o início de uma nova era no relacionamento bilateral. 

A necessidade de defender a democracia brasileira,  o medo do crescimento da

direita  ou a dificuldade de combater as ‘fake news’ serão algumas das cartas que o petista colocará na mesa junto com mudanças climáticas, segurança alimentar ou desenvolvimento econômico.

“O encontro aponta para um ‘reinício’ das relações, que estavam em segundo plano desde a eleição do presidente Biden”, comentou nesta semana Michel Arslanian Neto, chefe do Departamento de América Latina e Caribe do Itamaraty. .

A reunião poderia abordar a possível adesão dos EUA ao Fundo Amazônia , criado em 2008 durante o segundo mandato presidencial de Lula para atrair doações internacionais para ajudar a combater a destruição dos pulmões do planeta.

O fundo foi paralisado durante o governo de Bolsonaro – um cético da mudança climática como Trump – porque seus doadores internacionais, Noruega e Alemanha, suspenderam suas contribuições. Ao chegar ao poder, Lula – que fez do combate à devastação uma das prioridades de seu governo – concordou em reativar o fundo com os dois países europeus e agora busca novas nações doadoras.

Venezuela e Cuba

O presidente brasileiro disse que vai discutir com seu homólogo os embargos econômicos dos Estados Unidos a Cuba e à Venezuela . “Todas as vezes que falei com Bush ou Obama, Cuba sempre esteve na ordem do dia. Mais do que tudo, porque não consigo entender por que mantêm um bloqueio contra Cuba há tantos anos, tantas décadas”, afirmou.

E acrescentou: “Imagino que a Venezuela também estará na pauta, porque vamos discutir o fortalecimento da América do Sul (…) O Brasil está interessado em que a América do Sul esteja em paz. Precisa se desenvolver e crescer economicamente . “

Lula voltou a normalizar as relações com a Venezuela e a reconhecer Nicolás Maduro como presidente legítimo, depois que os laços entre os dois países foram suspensos durante o governo Bolsonaro, que em 2019, em linha com a política dos EUA, reconheceu o ex-deputado da oposição Juan Guaidó como “interino”. Presidente”.

“Construir a Paz”

Sobre o conflito na Ucrânia, questão em que ambos os países têm uma visão diferente, parece que a posição do Brasil será de encontrar “um caminho entre as partes para chegar a uma solução”. 

Lula já propôs  ao chanceler alemão, Olaf Scholz, a ideia de criar um “clube de países” que queiram “construir a paz no planeta”. Além disso, nesta semana, em entrevista a diversos veículos de comunicação, o presidente voltou a abordar o assunto: “Se Biden me pediu para fazer isso (participar do conflito), eu vou dizer a ele o que eu digo a você: o Brasil não vai participar do atacando ninguém.”

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