Lituânia vai preparar população para guerra, após envio de tropas da Alemanha

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A Lituânia está a estabelecer centros de treino militar permanentes que irão operar em todo o país para preparar pessoal para servir na retaguarda durante a guerra, disse o ministro da Defesa, Laurynas Kasciunas, aos jornalistas na sexta-feira.

Um total de 27 quartéis-generais de comando que deverão estar totalmente operacionais no próximo ano serão instalados nas principais cidades do país membro da NATO, num esforço para “preparar o público para enviar um sinal dissuasor ao inimigo”, disse o responsável.

O Ministério da Defesa do Estado Báltico espera que esses postos de comando se tornem um “elo de ligação entre as Forças Armadas Lituanas e os cidadãos que podem defender o país com armas” em caso de guerra.

“Estamos a falar do facto de o público já saber aonde ir se quiser contribuir para a defesa das suas casas e do seu país”, explicou Kasciunas.

Esclareceu ainda o propósito destas unidades de defesa territorial, dizendo que irão “lutar contra diversos grupos, proteger objectos e realizar outras tarefas”.

O projecto de lei apresentado ao parlamento lituano, o Seimas, prevê que os centros de comando tenham unidades sob o seu comando compostas por tropas de reserva existentes, fuzileiros, bem como todos os proprietários de armas de fogo, incluindo caçadores.

Segundo Kasciunas, espera-se a adesão de cerca de 10.600 membros da reserva civil, cerca de 2.000 fuzileiros e 800 membros das Forças Voluntárias de Defesa Nacional.

O responsável encorajou o público em geral a alistar-se, dizendo que “todos os civis” podem aderir e que “todos encontrarão o seu lugar” nas unidades.

No início desta semana, a Alemanha enviou a sua primeira unidade militar para a Lituânia como parte de um plano para ter uma brigada blindada completa permanentemente estacionada no estado báltico. Segundo o plano, a brigada de 5.000 homens ficará estacionada a menos de 20 km (12 milhas) da fronteira com a Bielorrússia, um importante aliado da Rússia. A Lituânia também faz fronteira com o enclave russo de Kaliningrado.

Moscou encara a movimentação das capacidades da OTAN para mais perto das suas fronteiras como uma provocação e uma ameaça à sua segurança nacional.

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