França se tornará o primeiro país a etiquetar eletrônicos com etiquetas de reparabilidade
O Parlamento Europeu planeja impulsionar a sustentabilidade promovendo a reutilização e reparos de telefones, laptops, tablets e outros eletrônicos – e combatendo práticas que encurtam a vida útil de tais produtos.
A França começou a implantar ‘tags de reparabilidade’ em dispositivos a partir de janeiro de 2021, com alguns outros países europeus seguindo o exemplo depois disso.
A resolução sobre um mercado único mais sustentável foi adotada em 25 de novembro com 395 votos a favor, 94 contra e 207 abstenções.
Isso significa que os membros do Parlamento Europeu (MEPs) apelaram à Comissão Europeia para conceder aos consumidores o “direito de reparar”, tornando as reparações mais atraentes, sistemáticas e econômicas, seja estendendo garantias, fornecendo garantias para peças substituídas, ou melhor acesso às informações sobre reparo e manutenção.
Significa que os eurodeputados insistem em aumentar o apoio aos mercados de bens de segunda mão, apelam a medidas para combater as práticas que encurtam a vida útil de um produto e apoiam a produção sustentável.
Em uma declaração, os deputados também reiteraram a necessidade de um sistema de carregamento comum para reduzir o lixo eletrônico e querem que os produtos sejam rotulados de acordo com sua durabilidade (por exemplo, um medidor de uso e informações claras sobre a vida útil estimada de um produto).
Remova os obstáculos que impedem o reparo, revenda e reutilização
De acordo com uma pesquisa, 77% dos cidadãos da UE preferem consertar seus aparelhos a substituí-los; 79% acham que os fabricantes devem ser legalmente obrigados a facilitar o reparo de dispositivos digitais ou a substituição de suas peças individuai
Para encorajar negócios sustentáveis e escolhas dos consumidores, os eurodeputados – através desta resolução – afirmam que pressionam por contratos públicos mais sustentáveis, bem como marketing e publicidade responsáveis.
Por exemplo, quando declarações ecológicas são feitas em anúncios, critérios comuns devem ser aplicados para apoiar tal declaração – semelhante à obtenção de certificações de rótulo ecológico.
A resolução apela também a um reforço do papel do rótulo ecológico da UE, de forma a ser mais utilizado pela indústria e a sensibilizar os consumidores.
Finalmente, o texto consultivo propõe novas regras para a gestão de resíduos e a remoção de obstáculos legais que impedem o reparo, revenda e reutilização. Isso também beneficiará o mercado de matéria-prima secundária. A partir daqui, caberá à Comissão Europeia emitir propostas concretas com base neste relatório.
Fonte: Parlamento Europeu