Ex-comandantes dizem à Polícia Federal que Bolsonaro apresentou o plano de golpe

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O comandante do Exército durante o governo de Jair Bolsonaro (PL), general da reserva Marco Antônio Freire Gomes, confirmou em depoimento à Polícia Federal (PF) que participou de reuniões onde foram discutidas as condições da”minuta do golpe”. A oitiva militar ocorreu durante oito horas no dia 2 de março, na sede da PF, em Brasília.

O militar respondeu a todas as perguntas da corporação como testemunha.

Segundo o general da reserva, durante reuniões no Palácio do Planalto, Bolsonaro apresentou diversos dispositivos legais, como a Garantia da Lei e da Ordem (GLO), o Estado de Defesa ou o Estado de Sítio, para permitir uma ruptura antidemocrática após a vitória . de Luiz Inácio Lula da Silva nas eleições de 2022. A informação é da colunista Bela Megale, do jornal O Globo.

Um dos encontros contados pelo militar em seu depoimento ocorreu no dia 7 de dezembro de 2022. Nesta ocasião esteve na residência presidencial a convite do então ministro da Defesa, general Paulo Sérgio Nogueira. O ex-assessor especial da Presidência, Filipe Martins, teria lido trechos de uma minuta golpista.

Numa segunda reunião com a presença dos comandantes das três Forças Armadas, Bolsonaro teria apresentado uma versão do documento contendoa “Decretação do Estado de Defesa” e a criação de uma “Comissão de Regularidade Eleitoral” com o objetivo de “apurar a conformidade e legalidade do processo eleitoral.”

Freire Gomes declarou-se opôs contra” a proposta.

Foi sucedido pelo Brigadeiro-General Carlos de Almeida Baptista Junior, então comandante da Aeronáutica. Porém, o almirante Almir Garnier Santos, Comandante da Marinha, teria assumido uma posição diferente e se colocado à disposição do presidente da República”.

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