Vladimir Putin diz que não apoia ‘vacinação obrigatória’ contra a Covid-19
O presidente russo, Vladimir Putin, disse nesta quinta feira 30 de junho, disse que se opõe à introdução de uma política de vacinação obrigatória, . “Não apóio a vacinação obrigatória”, disse Putin aos russos durante sua transmissão anual por telefone na televisão, acrescentando que as autoridades locais já estavam tomando medidas críticas para garantir a imunização contra o coronavírus. Além disso, ele negou a possibilidade de um bloqueio em todo o país, afirmando que as medidas e precauções de segurança locais estavam bem implementadas.
A Rússia, onde a Delta Variant criou confusão, relatou um total de 5.514.599 casos, dos quais 5.000.393 morreram enquanto 4.889.450 se recuperaram. As autoridades relataram na quarta-feira 669 mortes por coronavírus nas últimas 24 horas, um número recorde de mortes pelo segundo dia consecutivo, de acordo com uma contagem do governo. Um dos pontos principais da pandemia é a cidade de São Petersburgo, que deve receber as quartas-de-final do Euro 2020 na sexta-feira na frente de milhares de fãs, muitos deles vindo do exterior para a partida.
Com os recentes surtos no país, o Kremlin afirmou que o aumento é resultado da relutância da população em se vacinar e do “niilismo”. Na semana passada, o Kremlin alertou que as pessoas que não forem vacinadas contra o coronavírus ou tiverem baixa imunidade contra doenças respiratórias não poderão trabalhar em nenhum lugar da Rússia. Em uma entrevista coletiva, o porta-voz Dmitry Peskov enfatizou ainda que a discriminação é “inevitável” no caso de pessoas como elas são e deve prejudicar a saúde das pessoas ao seu redor. “A realidade é tal que a discriminação inevitavelmente se instalará. Pessoas sem vacinação ou imunidade não poderão trabalhar em todos os lugares. Não é possível. Isso representará uma ameaça para aqueles ao seu redor”, disse o porta-voz do Kremlin a repórteres em Moscou.
