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Trump declara batalha contra cartéis de drogas na América Latina

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou secretamente uma diretriz permitindo o uso de forças armadas para combater cartéis de drogas na América Latina. A informação foi divulgada pelo jornal The New York Times e representa a decisão mais agressiva de Trump desde que ele classificou os cartéis como organizações terroristas, com o objetivo de frear o tráfico de drogas, especialmente o fentanil.

A ordem secreta serve como base legal para operações militares diretas em mar e solo estrangeiro, o que já levanta debates e riscos jurídicos para o exército americano. Uma das principais discussões é se as ações, que podem resultar na morte de civis suspeitos de crimes sem uma ameaça iminente, podem ser consideradas “assassinatos”, já que a nova diretriz busca capturar ou matar diretamente pessoas ligadas ao narcotráfico, em vez de apenas bloquear bens ou vistos, como é usualmente feito.

Limites legais da operação

Especialistas alertam que, diferentemente de uma guerra, o combate às drogas geralmente não permite operações militares diretas. O jornal destaca que, embora os EUA já tenham feito operações de combate ao tráfico em outros países, essas ações sempre foram em parceria com autoridades locais.

Neste caso, os ataques seriam unilaterais e colocariam as forças americanas em confronto direto com organizações criminosas bem armadas e financiadas, o que poderia fortalecer a estratégia de Trump de usar os militares de forma mais agressiva para suas políticas de segurança. Desde que assumiu o cargo, Trump já havia enviado a Guarda Nacional e tropas para a fronteira com o México e declarado os cartéis mexicanos como uma ameaça à segurança nacional.

Reação do México

A presidente mexicana, Claudia Sheinbaum, minimizou o impacto da diretriz em seu país, afirmando que a medida de Trump “não tem nada a ver com território mexicano”. Em uma coletiva de imprensa, Sheinbaum descartou a possibilidade de que as tropas americanas entrem no México, afirmando que a ação de Trump se limitaria às operações “dentro dos Estados Unidos”.

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