Rússia derruba drone dos EUA sobre o Mar Negro
Um caça russo forçou a derrubada de um drone da Força Aérea dos EUA sobre o Mar Negro na terça-feira depois de danificar a hélice do drone americano MQ-9 Reaper, de acordo com os militares dos EUA.
O drone Reaper e duas aeronaves russas Su-27 estavam sobrevoando águas internacionais sobre o Mar Negro na terça-feira, quando um dos jatos russos voou intencionalmente na frente e despejou combustível no drone não tripulado várias vezes, disse um comunicado do Comando Europeu dos EUA.
O Ministério da Defesa da Rússia negou na terça-feira as alegações dos militares dos EUA de que um interceptador russo entrou em contato com o drone americano MQ-9 sobre o Mar Negro, causando sua queda.
O UAV voava em direção à fronteira russa sem um transponder ativo, em clara violação da área restrita estabelecida para a condução da operação militar especial, disse o ministério. Dois interceptadores foram enviados para investigar.
“Como resultado de manobras bruscas por volta das 9h30, horário de Moscou, o veículo aéreo não tripulado MQ-9 entrou em vôo descontrolado, perdeu altitude e colidiu com a superfície da água. Os combatentes russos não usaram armas, não entraram em contato com o UAV e retornaram com segurança à sua base”, disse o Ministério da Defesa em um comunicado.
O comentário de Moscou veio depois que o Comando Europeu dos EUA (EUCOM) acusou os jatos russos de “uma interceptação insegura e não profissional” do drone. Os americanos alegaram que seu drone espião estava operando no espaço aéreo internacional quando um par de jatos Su-27 apareceu, borrifou-o com combustível e “ atingiu a hélice” do UAV, que o fez cair no mar. O EUCOM esperou quase 12 horas após o incidente para comentá-lo.
Os EUA admitiram ter fornecido à Ucrânia informações de inteligência, vigilância e reconhecimento no conflito contra a Rússia, ao mesmo tempo em que insistem que não fazem parte das hostilidades. Aeronaves espiãs dos EUA e da OTAN frequentemente sobrevoam o Mar Negro e se aproximam da Crimeia, às vezes pouco antes de as forças ucranianas lançarem ataques à península russa.
Na semana passada, um bombardeiro estratégico dos EUA voou em um treino para um ataque com mísseis em São Petersburgo, enquanto permanecia no espaço aéreo internacional e da OTAN.
O Pentágono usa rotineiramente a frase “inseguro e pouco profissional” para descrever incidentes nos quais interceptadores russos perseguem drones, aviões de espionagem ou caças americanos que chegam muito perto da fronteira.
