Putin e Kim Jong-un trocam cartas prometendo se unir contra o “Ocidente inimigo”
O presidente russo, Vladimir Putin, escreveu ao líder norte-coreano Kim Jong Un para sugerir que os dois países formem laços mais estreitos.
A carta de Putin sugere que a dupla trabalhe para “expandir as relações bilaterais abrangentes e construtivas com esforços comuns”, segundo a mídia estatal da Coreia do Norte, KCNA.
Entregue a Pyongyang no dia da libertação da Coreia do Norte, continuou dizendo que uma união ajudaria a “fortalecer a segurança e a estabilidade da península coreana e da região do nordeste da Ásia”.
Em uma resposta separada, Kim disse que desde que uma amizade russo-norte-coreana foi forjada na Segunda Guerra Mundial com a vitória sobre o Japão, a “cooperação estratégica e tática, apoio e solidariedade” entre os dois países atingiu um novo nível.
Seus esforços comuns para frustrar ameaças e provocações de “forças militares hostis”, disse, os vinculavam.
A KCNA não identificou as “forças hostis”, mas normalmente usa esse termo para se referir aos EUA e seus aliados.
Em julho, Kim disse que a Coreia do Norte estava pronta para mobilizar sua dissuasão de guerra nuclear “com precisão e rapidez” diante de potenciais conflitos militares com os EUA ou a Coreia do Sul.
Também em julho, a Coreia do Norte reconheceu duas “repúblicas populares” separatistas apoiadas pela Rússia no leste da Ucrânia como estados independentes, e autoridades levantaram a perspectiva de que trabalhadores norte-coreanos sejam enviados para lá para ajudar na construção e em outros setores.
A Ucrânia, que resiste a uma invasão russa desde fevereiro – descrita por Putin como uma “operação militar especial” – imediatamente cortou relações com Pyongyang por causa da decisão.