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PSOL pede inquérito e quebra de sigilo de Nikolas Ferreira após visita a Bolsonaro

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A líder do PSOL na Câmara, deputada Talíria Petrone (Psol-RJ), anunciou nesta quarta-feira (26/11) que a bancada do partido protocolou uma representação junto à Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG). O motivo é a suspeita de que ele tenha participado do planejamento da tentativa de violação da tornozeleira eletrônica do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), ocorrida no último sábado (23), horas após um encontro entre os dois na casa de Bolsonaro.

O documento, assinado por 12 parlamentares do PSOL, solicita a abertura de um inquérito para investigar a prática de desobediência judicial. A representação aponta que o deputado teria violado uma determinação do ministro do STF, Alexandre de Moraes, que restringe o porte de qualquer aparelho eletrônico de gravação por visitantes de Bolsonaro. O PSOL ressalta que Nikolas Ferreira não pode alegar desconhecimento da regra, pois ele mesmo havia solicitado esclarecimentos sobre as normas de visitação dias antes. Segundo o partido, o uso de celular pelo deputado, flagrado por um drone da imprensa, configura “inegável descumprimento de ordem judicial e demonstra má-fé deliberada na tentativa de manipular a opinião pública.”

Além da instauração do inquérito, o PSOL pediu à PGR uma perícia técnica e a quebra do sigilo telefônico de Nikolas Ferreira no período da visita para apurar se houve um planejamento prévio da tentativa de inutilização da tornozeleira. O partido também solicitou uma medida cautelar urgente, proibindo o contato e novas visitas do deputado a Bolsonaro, com o objetivo de evitar a obstrução da Justiça e a combinação de futuras estratégias para burlar as determinações judiciais.

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