OMS emite alerta para risco de transmissão por consumo de leite fresco, após surto de gripe aviária nos EUA
Na semana passada, a FDA, a agência que regula alimentos e medicamentos nos Estados Unidos, revelou que encontrou vestígios do vírus H5N1, conhecido como gripe aviária, em amostras de leite testadas no país. No começo do ano, as autoridades federais já haviam informado sobre a presença do vírus em rebanhos de vacas leiteiras nos EUA.
Ainda não se sabe ao certo se o vírus da gripe aviária pode ser transmitido através do consumo de leite, mas como essa forma de transmissão já é conhecida para outros patógenos, a Organização Mundial da Saúde (OMS) desaconselha o consumo de leite fresco.
“Muitos patógenos zoonóticos perigosos podem ser transmitidos através do leite não pasteurizado, e a FAO e a OMS recomendam fortemente o consumo apenas de leite pasteurizado e evitar o consumo de leite cru”, afirma a OMS em um documento publicado na última sexta-feira (26).
Até o final da semana passada, as autoridades de saúde nos EUA não tinham certeza sobre o consumo de leite pasteurizado. No entanto, testes iniciais não encontraram o vírus H5N1 vivo em amostras de leite coletadas em estabelecimentos comerciais. Isso indica que o processo de pasteurização neutraliza o agente patogênico e que o leite nas prateleiras das lojas continua seguro, apesar do surto do vírus entre as vacas leiteiras.
“Esses resultados reafirmam nossa avaliação de que o fornecimento comercial de leite é seguro”, afirmou a FDA em um comunicado publicado online.
No que diz respeito ao perigo de transmissão do vírus dos bichos para os humanos, a OMS declara que as vaquinhas leiteiras infectadas com H5N1 carregam uma quantidade viral considerável no leite e, por conseguinte, podem ser uma fonte de exposição para aqueles que têm contato próximo com elas. A sugestão é que as pessoas que interagem com esses animais usem equipamentos de proteção individual adequados, intensifiquem os cuidados com a higiene pessoal e adotem outras medidas de biossegurança.
