Navios de guerra dos EUA e do Canadá navegam pelo Estreito de Taiwan após Biden dizer que vai defender país de ataque da China
O destróier norte-americano de mísseis guiados USS Higgins e a fragata canadense HMCS Vancouver fizeram um “trânsito de rotina” pelo Estreito de Taiwan na terça-feira, pouco depois que o presidente Joe Biden prometeu no domingo passado defender Taipei em caso de conflito militar com Pequim.
“Os navios transitaram por um corredor no estreito, que está além do mar territorial de qualquer estado costeiro”, informou a Sétima Frota dos EUA , e assegurou que a manobra foi realizada de acordo com o direito internacional.
“O trânsito do Higgins e do Vancouver pelo Estreito de Taiwan demonstra o compromisso dos Estados Unidos e de nossos aliados e parceiros com um Indo-Pacífico livre e aberto”, dizia o comunicado. “Cooperação como esta representa a peça central de nossa abordagem para uma região segura e próspera”, acrescenta.
Por sua vez, o secretário de imprensa do Pentágono, general de brigada Patrick Ryder, afirmou em entrevista coletiva que Washington continuará a implantar o tráfego aéreo e marítimo no Estreito de Taiwan.
ataques repetidos
Esta é a segunda vez que navios da Marinha dos EUA transitam pela área depois que a presidente da Câmara, Nancy Pelosi , visitou Taipei em agosto passado. O último trânsito ocorreu em 29 de agosto, quando o USS Antietam e o USS Chancellorsville navegaram por essa passagem.
Embora o Ministério das Relações Exteriores da China ainda não tenha comentado a recente manobra dos navios Higgins e Vancouver, na época criticou as promessas de Biden de defender Taiwan, afirmando que não tolerará tentativas de se separar de Taipei.
A China se reserva o direito de tomar todas as medidas necessárias em resposta às atividades que dividem a nação, disse Mao Ning, porta-voz do ministério, na época. “Existe apenas uma China no mundo. Taiwan faz parte da China, e o governo da República Popular da China é o único governo legítimo da China”, lembrou .
