Eli Lilly interrompe estudos de remédio contra o Coronavírus ‘por razões de segurança’

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Como precaução, o conselho independente de monitoramento de segurança de dados ACTIV-3 (DSMB) recomendou uma pausa na inscrição”, disse a porta-voz da Lilly, Molly McCully, em um comunicado por e-mail. “Lilly apóia a decisão do conselho de garantir cuidadosamente a segurança dos pacientes que participam deste estudo.”

A empresa farmacêutica não deu detalhes sobre o problema de segurança: não esclareceu, por exemplo, se um ou mais voluntários testados sofreram algum efeito colateral ou desenvolveram alguma doença relacionada.

O teste é feito em parceria com a empresa de biotecnologia AbCellera e o Centro de Pesquisa de Vacinas do Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas (NIAID), uma agência do governo dos Estados Unidos.

Semelhante ao usado por Trump

O tratamento experimental é baseado em anticorpos retirados do plasma de um paciente curado com Covid-19. Pertence a uma classe de tratamentos conhecida como anticorpos monoclonais, que estão entre os medicamentos biotecnológicos mais modernos em desenvolvimento.

A pesquisa da Eli Lilly tem metodologia semelhante à utilizada pela farmacêutica Regeneron, cujo tratamento com anticorpos monoclonais foi utilizado recentemente por Trump.

  • O que se sabe sobre o medicamento da Regeneron, que Trump prometeu distribuir gratuitamente aos americanos
Como é a terapia de Eli Lilly

A terapia baseada em anticorpos da Eli Llly é conhecida como “LY-CoV555”.

  • Foi desenvolvido em três meses a partir do sangue de um dos primeiros pacientes recuperados da doença nos EUA.
  • O plasma, parte líquida do sangue que contém a defesa imunológica, foi separado e os anticorpos multiplicados em laboratório.
  • O tratamento é administrado por via intravenosa.
  • Ao contrário das vacinas, que estimulam o sistema imunológico a produzir sua própria defesa, no tratamento com anticorpos a “defesa” do organismo é injetada diretamente no corpo do voluntário em tratamento contra Covid-19.

Médico defende estudos que comprovam a eficácia dos anticorpos monoclonais contra Covid-19

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