Depoimento de Carla Zambelli pode fortalecer manifesto pró-bolsonaro

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A Polícia Federal aguarda a deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP) para depor neste domingo (5) em Brasília. A parlamentar foi intimada sobre o inquérito do Supremo Tribunal Federal (STF) que investiga a organização de atos antidemocráticos no 7 de Setembro, por determinação do ministro Alexandre de Moraes.

Inicialmente, a previsão era de que a parlamentar comparecesse à sede da PF na capital federal durante a manhã. Nesse sábado, Carla afirmou que não teve acesso aos autos do processo, mas que prestaria depoimento em respeito à Polícia Federal e à Constituição.

“É certo que para mim, o mar ficará agitado após essa oitiva, mas nada impedirá que mantenha minhas convicções e acredite naquilo que sempre defendi”, disse.

A deputada convocou os apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) a participarem das manifestações agendadas para esta terça-feira (7), durante as celebrações pela Independência do Brasil. Bolsonaro participará dos atos em Brasília e em São Paulo.

“É com esse mesmo espírito que conclamo a todos meus amigos, eleitores e cidadãos brasileiros a comparecerem às manifestações da Nova Independência com o propósito de pacificar o país”, afirmou.

Na última sexta-feira, também por determinação de Moraes, dois mandados de prisão foram expedidos contra o caminhoneiro Zé Trovão e o blogueiro conservador Wellington Macedo, que foi preso ontem. Os dois são suspeitos de incentivar manifestações violentas e de promover ataques contra a democracia.

O presidente Bolsonaro fez críticas aos ministros do Supremo, durante discurso a apoiadores em Caruaru, nesse sábado (4). Ele também convocou apoiadores para os atos de terça-feira. “Não podemos admitir que um ou dois homens ameacem a nossa democracia ou a nossa liberdade. Se aparece um dos meus 23 ministros e tem um comportamento fora da Constituição, eu chamo a atenção dele e, se não se enquadrar, eu demito. O mesmo ocorre com a Câmara, o Senado, com o Conselho de Ética. O nosso STF não pode ser diferente do Poder Executivo ou Legislativo. Se lá tem alguém que ousa continuar agindo fora das quatro linhas, aquele poder tem que chamar essas pessoas e enquadrá-las. E lembrar que ele fez o juramento para cumprir a Constituição”, disse o presidente.

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