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Crise aumenta: impasse no Senado mantém governo dos EUA paralisado e gera temores de falta de pagamento

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Crise Aumenta: Impasse no Senado Mantém Governo dos EUA Paralisado e Gera Temores de Falta de Pagamento

O impasse sobre o fim da paralisação (shutdown) do governo federal dos Estados Unidos se aprofundou na quarta-feira, com o Senado mais uma vez rejeitando propostas rivais para restaurar o financiamento. Democratas e Republicanos mantiveram suas posições firmes, prolongando o fechamento de agências e o corte de serviços essenciais.

A falta de recursos forçou o fechamento ou a redução de escritórios federais, parques nacionais e diversas operações, com milhares de funcionários em licença não remunerada. A tensão é crescente: há relatos de escassez de pessoal em aeroportos e centros de controle de tráfego aéreo. A situação pode piorar na próxima semana, quando militares e outros funcionários federais que permanecem em serviço deixarão de receber seus salários, a menos que o governo seja reaberto.

Negociações travadas no Congresso

Em sua sexta tentativa de voto, nem as propostas Democratas nem as Republicanas para retomar o financiamento conseguiram apoio suficiente para avançar no Senado, refletindo a ausência de qualquer mudança na posição dos legisladores desde o início da paralisação, há oito dias.

Os Democratas exigem que qualquer lei de financiamento inclua a extensão dos créditos fiscais premium para os planos de saúde da Lei de Assistência Médica Acessível (ACA). Sem essa renovação, prevista para o final do ano, os custos para os cerca de 20 milhões de inscritos nos planos da ACA podem disparar.

O presidente da Câmara, o Republicano Mike Johnson, tentou forçar a aprovação de sua proposta de financiamento de curto prazo (até 21 de novembro), mas recebeu críticas até dentro de seu próprio partido. Johnson, por sua vez, contradisse a Casa Branca, que havia tentado argumentar que os funcionários em shutdown não teriam direito a salários retroativos. “Acho que é lei que os funcionários federais sejam pagos. E essa é a minha posição,” declarou Johnson.

Troca de acusações e possível saída

Ambos os partidos permanecem inabaláveis. O líder da Câmara acusou o principal senador Democrata, Chuck Schumer, de se opor ao projeto Republicano por medo de ser desafiado pela “extrema esquerda” de seu próprio partido. “Eles estão preocupados com o flanco marxista em seu partido Democrata”, afirmou Johnson.

Em resposta, Schumer criticou os Republicanos por se recusarem a negociar as demandas de saúde, insistindo que é possível “consertar a saúde e reabrir o governo” simultaneamente.

Apesar da unidade aparente, o Partido Republicano viu uma notável deserção quando a congressista Marjorie Taylor Greene apoiou publicamente as negociações sobre os créditos fiscais. Além disso, uma legislação bipartidária, apresentada pela congressista Republicana Jen Kiggans para estender os créditos da ACA por um ano, é vista como um possível caminho para um acordo.

No entanto, o principal Democrata da Câmara, Hakeem Jeffries, chamou a proposta de Kiggans de “improvável”, criticando os Republicanos por, no início do ano, terem aprovado grandes isenções fiscais para seus doadores bilionários, sem apoio Democrata. O impasse, portanto, não mostra sinais claros de resolução.

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