Bolsonaro exalta Trump e nega tentativa de golpe de Estado em evento de direita
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) declarou -se alvo de perseguição por parte da Justiça em uma mensagem em vídeo enviada nesta quarta-feira (4) ao CPAC Argentina, um evento no país vizinho que reúne personalidades da direita global. Bolsonaro contestou a investigação da PF e declarou que não buscou promover um golpe de Estado em 2022.
No vídeo enviado ao evento, ele criticou Alexandre de Moraes, do STF, mas expressou a esperança de que o ministro permita a participação do grupo do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, em janeiro do próximo ano. Ele estabeleceu que “há um juiz na Suprema Corte que não respeita o devido processo legal”, e declarou que o ministro do STF interpreta, decide, julga e é afetado , “tudo ao mesmo tempo “. Bolsonaro destacou que sempre atuou “dentro das regras”. Ele criticou a decisão do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) que o tornou inelegível por ter levantado dúvidas sobre as urnas eletrônicas em uma reunião com embaixadores em Brasília, em 2022.
Também alegou, sem provas, que o incidente de invasão aos prédios públicos em 8 de janeiro de 2023 foi orquestrado pela esquerda. “Você foi convidado para um grupo de Trump. É claro que isso é um orgulho para mim. Se eu conseguir recuperar meu passaporte, veremos lá. Contudo , meu passaporte está retido, então dependemos desse juiz, Alexandre de Moraes , e de sua autorização para que eu possa ir. ” Bolsonaro fez um apelo por anistia. Ele registrou que Trump deverá oferecer anistia ao grupo que invadiu o Capitólio em janeiro de 2021, após sua derrota nas eleições anteriores , e afirmou que essa anistia “é uma mensagem para o Brasil”.O ex -presidente elogiou Trump.
Ele afirmou que o presidente eleito dos EUA é “um líder da liberdade”, e que a democracia será reforçada com o retorno dele ao poder. Já se sabe que Trump, nos primeiros dias, vai conceder anistia a todos os que participaram da tentativa de tomar o Capitólio. E esta é uma mensagem para o Brasil. O que aconteceu no dia 8 de janeiro não foi orquestrado pela direita, mas pela esquerda . Bolsonaro elogiou as reformas promovidas pelo presidente argentino, Javier Milei.
De acordo com Bolsonaro, foram “medidas populacionais difíceis, mas que atualmente toda a vai compreendendo ” . A plataforma econômica de Milei tem conseguido melhorar indicadores como o da inflação, mas a pobreza no país tem aumentado e batido recordes . Vários líderes de direita devem discutir no evento. Antes de Bolsonaro , discursaram Lara Trump , nora do presidente eleito dos EUA, e Steve Bannon, que foi conselheiro do republicano em 2016. A programação também inclui ainda Santiago Abascal, o presidente do partido Vox, da Espanha, a ministra argentina Patricia Bullrich e o próprio presidente Javier Milei .