Ameaças de morte contra Trump e procuradora-geral levam a indiciamento de homem nos EUA
Um grande júri federal indiciou Carl D. Montague, um homem de 37 anos de Providence, Rhode Island, por supostamente ter ameaçado de morte o presidente Donald Trump, a procuradora-geral Pamela Bondi e o vice-chefe de gabinete da Casa Branca, Stephen Miller. O caso destaca um aumento nas ameaças públicas de violência contra o ex-presidente, que foi alvo de duas tentativas de assassinato em 2024.
As acusações decorrem de uma postagem no Truth Social — a plataforma de mídia social de Trump — feita em 27 de junho de 2025. A procuradora interina dos EUA para o Distrito de Rhode Island, Sara Miron Bloom, anunciou que Montague enfrenta duas acusações: ameaças contra o presidente e comunicações interestaduais de ameaças. A postagem, repleta de palavrões, continha a ameaça explícita de “colocar uma bala na cabeça” de Trump, Bondi e Miller.
O alerta veio da Trump Media and Technology, que notificou o Serviço Secreto sobre a postagem na mesma noite. Investigadores federais, incluindo o FBI, o Serviço Secreto e a Polícia de Providence, rastrearam a conta até um endereço de e-mail e uma residência em Providence associados a Montague, em um programa de moradia para ex-presidiários.
O que os investigadores descobriram
Montague foi localizado em 30 de junho de 2025, em um apartamento de um conhecido. De acordo com um depoimento do FBI, ele admitiu ser o autor da postagem antes mesmo de os agentes explicarem o motivo da visita.
No depoimento, a agente especial do FBI Ciara Corbett relatou que Montague justificou suas ações, dizendo que “estava fumando muita maconha” no momento da publicação e que “deletou sua conta no Truth Social depois de enviar a mensagem”. Ele também afirmou estar “chateado com a política atual”, mas disse que não tinha a intenção de cumprir as ameaças e que não possui acesso a armas.
O caso está sendo conduzido pela procuradora-assistente dos EUA Dulce Donovan. Montague foi inicialmente acusado através de uma queixa criminal e liberado sob monitoramento por GPS, uma condição que será revisada em sua audiência de acusação. A data dessa audiência ainda não foi definida, mas nela ele deverá se declarar culpado ou inocente.
De acordo com a lei federal, as penalidades para ameaçar o presidente podem chegar a cinco anos de prisão, além de outras penalidades para as demais acusações.
