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PSOL pede prisão preventiva de Ramagem após deputado ser visto em Miami e violar ordem de Moraes

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O PSOL protocolou um pedido junto à Polícia Federal (PF) e ao Supremo Tribunal Federal (STF) solicitando a prisão preventiva do deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), um dos condenados na ação penal sobre a tentativa de golpe de Estado. A iniciativa ocorre após a circulação, nesta quarta-feira (19), de imagens nas redes sociais que indicam que o parlamentar estaria nos Estados Unidos. A assessoria de Ramagem não se manifestou sobre o assunto até o momento.

Condenação e quebra de cautelares

Ramagem foi sentenciado a 16 anos e 1 mês de prisão em regime fechado pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado.

Na sentença, o ministro Alexandre de Moraes havia determinado que todos os réus do chamado “núcleo crucial” da trama entregassem seus passaportes, sendo proibidos de deixar o País. Essa decisão foi posteriormente ratificada pela Primeira Turma do STF.

Alegação de risco de fuga

O ofício assinado pelo deputado Pastor Henrique Vieira (PSOL-RJ) sustenta que Ramagem estaria em Miami, hospedado em um condomínio de luxo, conforme reportado pelo portal PlatôBR.

O documento argumenta que a viagem ao exterior representa um risco de fuga e um descumprimento das medidas cautelares impostas por Moraes. Isso violaria as condições fixadas pelo Supremo e colocaria em risco a efetiva execução da pena.

“No caso em tela, a residência ou permanência no exterior, conforme noticiado, pode configurar risco real de fuga, justificado para a decretação de prisão cautelar. Além disso, a gravidade dos crimes imputados (tentativa de golpe, organização criminosa) reforça a necessidade de cautela e intervenção judicial urgente para garantir a aplicação da lei”, destaca o texto do ofício.

Papel na trama golpista

Ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Ramagem foi condenado por montar uma estrutura paralela dentro da agência com o objetivo de monitorar opositores e sustentar a narrativa do golpe.

Contudo, o parlamentar não foi julgado pelos crimes de dano qualificado relacionados aos atos de 8 de janeiro. A Câmara dos Deputados suspendeu essa parte do processo, alegando que os supostos delitos teriam ocorrido após sua diplomação como deputado federal, o que exigiria um rito diferenciado conforme a Constituição.

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