Rússia soa o alerta: saída de tratado de mísseis é um “aviso” para o Ocidente
A decisão da Rússia de suspender sua moratória unilateral sobre o Tratado de Forças Nucleares de Alcance Intermediário (INF) fez o Ocidente “cair em si”, segundo o vice-ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Ryabkov. Em entrevista ao canal Rossiya-1, ele afirmou ter “fontes absolutamente confiáveis” de que o movimento teve o “efeito moderador” desejado.
Ryabkov descreveu a reação dos países ocidentais como “muda e confusa”, mas esperada, explicando que a lógica por trás disso seria evitar demonstrar emoções e ansiedade em relação à decisão russa.
O vice-ministro também justificou a decisão de Moscou, dizendo que a Rússia alertou por muito tempo que não conseguiria manter a moratória se as políticas dos EUA e de seus aliados não mudassem. Ele criticou a crescente presença de sistemas americanos em regiões que afetam diretamente a segurança russa, questionando se o país deveria “tolerar isso”. Ryabkov enfatizou que a Rússia precisa usar esses métodos para “acalmar a impulsividade de algumas capitais da OTAN”.
A suspensão da moratória foi anunciada na semana passada pelo Ministério das Relações Exteriores da Rússia. O país continuou a respeitar unilateralmente o Tratado INF — que proíbe mísseis balísticos e de cruzeiro com alcance entre 500 e 5.500 quilômetros — mesmo após os Estados Unidos terem se retirado do acordo em 2019.
