Moraes coloca Collor sob monitoramento: ex-presidente é liberado para casa com tornozeleira
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), concedeu prisão domiciliar ao ex-presidente Fernando Collor de Mello, que estava detido em Alagoas. A decisão foi motivada pelo estado de saúde de Collor, que comprovou sofrer de Doença de Parkinson, diagnosticada em 2019, além de outras comorbidades como privação crônica de sono e transtorno bipolar, atestadas por mais de cem exames médicos.
Collor cumprirá a pena em regime domiciliar, monitorado por tornozeleira eletrônica e com visitas restritas a seus advogados. A defesa do ex-presidente havia solicitado a prescrição da pena, pedido rejeitado por Moraes, que reafirmou a validade da condenação anterior do STF.Collor foi condenado em 2023 a 8 anos e 10 meses de prisão por corrupção e outros crimes, relacionados a desvios na BR Distribuidora.
Após a condenação, ele recorreu da decisão, mas seus recursos foram negados pelo STF. Na última sexta-feira, Moraes determinou o cumprimento imediato da sentença, e Collor foi transferido para uma cela especial em Alagoas. Em sua decisão, Moraes justificou a prisão domiciliar humanitária devido à gravidade do estado de saúde de Collor, sua idade (75 anos) e a necessidade de tratamento específico. Além da tornozeleira eletrônica e da restrição de visitas, Collor terá seus passaportes suspensos, impedindo-o de deixar o país.
