Wajngarten classifica fala de Valdemar como inconsequente e sai em defesa de Eduardo Bolsonaro
A fala de Valdemar Costa Neto, presidente nacional do Partido Liberal (PL), sobre uma possível candidatura de Eduardo Bolsonaro à presidência em 2026, gerou um forte atrito interno. Em entrevista à Folha de S. Paulo, Valdemar afirmou que a candidatura de Eduardo “ajudaria a matar o pai de vez”, referindo-se ao ex-presidente Jair Bolsonaro, que recentemente foi diagnosticado com câncer de pele.
A declaração irritou Fabio Wajngarten, ex-secretário de Comunicação de Bolsonaro, que classificou a fala como “inconsequente” e “inconcebível” em uma postagem no X (antigo Twitter). Wajngarten, cuja relação com Valdemar já estava desgastada, sugeriu que a “pacificação deve começar dentro de casa”. O atrito entre os dois vem desde maio, quando Valdemar demitiu Wajngarten da equipe de assessoria de Bolsonaro.
A demissão ocorreu após o vazamento de mensagens em que Wajngarten e o tenente-coronel Mauro Cid ironizavam uma possível candidatura da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro em 2026, afirmando que prefeririam a vitória do atual presidente Lula a dela.
Cenário político e problemas com a Justiça
Com a inelegibilidade de Bolsonaro, a candidatura de Eduardo ganhou força. No entanto, o deputado enfrenta problemas judiciais: ele e o pai foram indiciados pela Polícia Federal por suposta coação à Justiça e abolição violenta do Estado Democrático de Direito. O indiciamento, que resultou de articulações de Eduardo com o governo de Donald Trump nos Estados Unidos para influenciar o julgamento do pai, agora aguarda a decisão do procurador-geral da República, Paulo Gonet. Caso ele acate, os dois podem se tornar réus no Supremo Tribunal Federal (STF).


