“Venezuela enfrentará consequências devastadoras”, alerta Trump
Em uma escalada nas tensões entre Estados Unidos e Venezuela, o presidente americano Donald Trump exigiu que o governo de Caracas receba de volta cidadãos venezuelanos que, segundo ele, seriam prisioneiros ou pacientes psiquiátricos que entraram em território americano. A declaração, postada na plataforma Truth Social, acusa a Venezuela de ter forçado a entrada desses indivíduos nos EUA.
Aviso e acusações de Trump
“Queremos que a Venezuela aceite imediatamente todos os prisioneiros e pessoas de instituições mentais, incluindo os piores asilos do mundo, que os ‘líderes’ venezuelanos forçaram a entrar nos Estados Unidos da América”, escreveu Trump. Ele afirmou ainda que esses indivíduos teriam “gravemente ferido e até matado” milhares de pessoas, classificando-os como “monstros”. A mensagem foi finalizada com um tom de ameaça: “Tire-os do nosso país agora, ou o preço que você pagará será incalculável!”
Escalada militar no Caribe
A exigência de Trump coincide com uma crescente mobilização militar dos EUA nas águas do sul do Caribe. O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, denunciou a presença de oito contratorpedeiros, 1.200 mísseis e um submarino nuclear, que estariam supostamente apontados para a Venezuela. No último sábado, cinco caças F-35 também chegaram a Porto Rico, em uma operação que a Casa Branca descreveu como sendo contra os cartéis.
Incidentes e respostas de Caracas
As tensões também foram marcadas por um incidente recente. Em 12 de setembro, forças militares americanas teriam invadido a Zona Econômica Exclusiva da Venezuela, apreendendo um navio pesqueiro. A tripulação, detida por horas, foi o estopim para que Caracas classificasse a ação como “ilegal”.
Em resposta, Maduro declarou que seu país está no meio de uma “guerra multifacetada” orquestrada pelos EUA para provocar uma “mudança de regime”. Para conter as ações americanas, ele apelou para o alistamento em massa de milicianos e lançou o “Plano Independência 200”. O Ministro da Defesa, Vladimir Padrino López, anunciou a realização de um exercício de “prontidão militar” na ilha de La Orchila, afirmando que o país se prepara para um “cenário de conflito armado no mar”.
Enquanto isso, fuzileiros navais americanos estacionados em Porto Rico simularam um desembarque anfíbio em 18 de setembro, evidenciando ainda mais a escalada militar na região.
