Rússia põe em serviço míssil balístico intercontinental Bulava lançado por submarino; vídeo
A Rússia colocou em serviço seu míssil balístico intercontinental Bulava lançado por submarino, informou a mídia estatal nesta terça-feira, um elemento-chave na modernização de seu arsenal nuclear.
A agência de notícias TASS citou o projetista-chefe do míssil, Yuri Solomonov, dizendo que sua adoção foi anunciada em um decreto datado de 7 de maio, mesmo dia em que o presidente Vladimir Putin iniciou um novo mandato de seis anos no Kremlin.
Putin alertou o Ocidente desde o início da guerra na Ucrânia que a intervenção directa das tropas da NATO poderia desencadear um conflito nuclear. Em Março, ele disse não acreditar que os Estados Unidos estivessem “apressados” nesse sentido, mas que as forças nucleares da Rússia estavam tecnicamente preparadas.
O Bulava foi desenvolvido no âmbito de um programa iniciado na década de 1990 e foi projetado para ser implantado nos submarinos russos da classe Borei.
Em Novembro passado, o Ministério da Defesa disse que um desses submarinos tinha lançado com sucesso o Bulava, disparando-o a partir de uma posição subaquática no Mar Branco, ao norte da Rússia, e atingindo um alvo a milhares de quilómetros de distância, na península de Kamchatka, no extremo leste.
A TASS disse que as frotas do Norte e do Pacífico da Rússia agora incluem sete submarinos Borei e cada um transporta 16 Bulavas. Solomonov é designer-chefe do Instituto de Engenharia Térmica de Moscou, que também desenvolveu os mísseis balísticos intercontinentais russos Topol-M e Yars.
De acordo com o Projeto de Defesa contra Mísseis do Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais, com sede em Washington, o Bulava tem um alcance de 8.300 km (5.160 milhas) e uma carga útil de até 10 veículos de reentrada múltiplos ou MIRVs direcionáveis independentemente, capazes de entregar ogivas nucleares para diferentes alvos.