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Presidente da CPMI: “colocamos na cadeia o núcleo principal de todos os desvios do INSS”

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O senador Carlos Viana (Podemos-MG), presidente da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS, manifestou nesta quinta-feira (13) forte aprovação à quarta fase da Operação Sem Desconto. A ação policial resultou na detenção do que o parlamentar chamou de “núcleo principal” responsável por descontos ilícitos em aposentadorias e pensões do Instituto Nacional do Seguro Social.

Entre as seis pessoas presas até o momento está Alessandro Stefanutto, que ocupou a presidência do INSS durante o governo Lula (PT). O senador Viana declarou que a operação deteve o cerne da “quadrilha que tomou de assalto as aposentadorias brasileiras.”

Viana destacou que os detidos já estavam sob monitoramento. Ele acredita que aqueles que anteriormente usaram habeas corpus para se manterem em silêncio perante a CPMI agora serão compelidos a “revelar a verdade.”

Pessoas detidas (6):

  • Alessandro Stefanutto, ex-presidente do INSS (Governo Lula).
  • Antônio Carlos Antunes Camilo, conhecido como “Careca do INSS” (já estava detido).
  • Três indivíduos ligados à Confederação Nacional dos Agricultores Familiares e Empreendedores Familiares Rurais (Conafer).
  • Uma pessoa associada ao Instituto Terra e Trabalho (ITT).

Colaboração e alvos de busca

O parlamentar enfatizou que a operação é um resultado direto da colaboração com o ministro André Mendonça, do Supremo Tribunal Federal (STF), com quem se reuniu na semana anterior.

Além das prisões, a operação também cumpriu mandados de busca e apreensão contra:

  • Ahmed Mohamad Oliveira, ex-ministro da Previdência (Governo Bolsonaro).
  • Euclydes Pettersen (Republicanos-MG), deputado federal.

A estrutura do esquema e próximos passos

Rebatendo críticas sobre a validade da comissão, Viana afirmou que a CPMI tem apresentado resultados significativos e prisões em um volume histórico.

O senador detalhou que o esquema possui três níveis de envolvimento:

Terceiro Escalão (Operadores): Composto por intermediários e operadores, sendo a maioria detida nesta fase da operação.

Segundo Escalão (Administrações): Envolve pessoas que se corromperam e atuaram em diferentes gestões.

Primeiro Escalão (Políticos): Integrado por políticos e indivíduos que “auxiliaram, incentivaram ou indicaram” servidores envolvidos nos desvios.

Viana informou que este primeiro escalão será o foco das próximas operações e dos depoimentos a serem prestados ao STF. Ele mencionou o envolvimento de outros parlamentares e a proposta de novas delações.

Investigadores também estão apurando o destino de parte do dinheiro desviado, que, segundo o senador, foi guardado em espécie.

Mensagem à sociedade

O senador concluiu o pronunciamento assegurando que o trabalho continuará, prometendo “respostas contundentes” à população e à Previdência. Ele se dirigiu diretamente aos aposentados, prometendo que a comissão resultará em uma Previdência fortalecida e na devida responsabilização dos culpados.

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