Porta-aviões dos EUA se aproxima do Irã em meio a novas ameaças de ataques a Teerã por Trump
Uma imagem de satélite capturada pela Agência Espacial Europeia (ESA) revelou o porta-aviões USS Nimitz (CVN-68) e sua frota se aproximando do Estreito de Ormuz, um ponto estratégico no Golfo Pérsico. A passagem acontece em um momento de aumento significativo da presença militar dos Estados Unidos no Oriente Médio.
O Carrier Strike Group 11, liderado pelo USS Nimitz, chegou ao Bahrein no domingo, em sua primeira visita ao país desde 2020. A Marinha dos EUA afirma que a presença visa reforçar a segurança marítima e a liberdade de navegação na região, que inclui rotas comerciais vitais.
O movimento ocorre apesar do cessar-fogo entre Israel e Irã e da esperança de que as negociações nucleares sejam retomadas. O ex-chefe do Comando Central dos EUA (CENTCOM), general Joseph Votel, descreveu a postura militar americana como “significativa”, destacando a prontidão para o conflito, caso necessário.
Segundo Votel, as ações militares contra o Irã, incluindo o bombardeio de instalações nucleares em junho, tiveram um impacto, mas não eliminaram a busca do país por armas nucleares. A tensão na região também é alimentada por grupos apoiados pelo Irã, como os houthis no Iêmen, que intensificaram ataques a navios no Mar Vermelho, apesar de reveses militares.

A escalada de forças dos EUA é notável, com o aumento do número de tropas e a implantação de três grupos de ataque de porta-aviões na região. O CENTCOM, que supervisiona uma vasta área no Oriente Médio, reforça seu compromisso com a segurança e a projeção de poder na região. Votel, em entrevista, alertou que os militares americanos devem se manter vigilantes contra as inovações tecnológicas de seus adversários.
