PF deflagra Operação Lesa Pátria contra suspeitos de financiar ataques em Brasília
A Polícia Federal lançou nesta sexta-feira uma nova operação contra suspeitos de financiar, participar ou promover o ataque à sede dos três poderes em Brasília no dia 8 de janeiro.
Em nota, a corporação informou que foram expedidos 16 mandados de busca e apreensão e oito mandados de prisão preventiva nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso do Sul e no Distrito Federal (DF).
“Os factos investigados constituem crimes de supressão violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou destruição de bens especialmente protegidos”, lê-se no texto.
A operação, batizada de Lesa Patria, foi lançada depois que a Polícia realizou outra no Rio de Janeiro na segunda-feira, na qual prendeu um bombeiro militar e na quinta-feira um assessor do deputado de Bolsonaro, Filippe Poubel.
Em 8 de janeiro, vandalos invadiram e destruíram o Congresso Nacional, o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Palácio do Planalto, na capital do país, no maior ataque à democracia desde a ditadura.
A Secretaria de Administração Penitenciária do DF começou nesta quinta-feira a instalar tornozeleiras eletrônicas nos radicais de Bolsonaro que foram soltos por ordem do desembargador Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Até agora, o magistrado libertou 200 pessoas, 324 foram presas e 885 processos seguem em análise.
Desconfiança nas forças de segurança
Por desconfiar das forças de segurança, o Executivo de Luiz Inácio Lula da Silva demitiu quase 60 militares que cumpriam suas funções em sua residência oficial, o Palácio da Alvorada, e na sede presidencial, o Palácio do Planalto.
O presidente também fez uma mudança drástica na linha de comando da PF e da Polícia Rodoviária Federal (PF) e demitiu mais de 40 agentes.
