Paciente com suspeita da ‘doença da urina preta’ em Americana recebe alta
A mulher de 31 anos que foi internada em Americana (SP) com sintomas semelhantes aos da “doença da urina preta” teve alta hospitalar. A informação foi confirmada ao g1 pelo Hospital da Unimed nesta segunda-feira (27). O quadro de saúde da jovem era estável na semana passada e ela deixou a unidade no último sábado (25).
Nem a administração municipal e nem o Hospital da Unimed deram detalhes sobre o período total de internação da jovem e os tratamentos que ela precisou fazer. “Não podemos informar outros detalhes do prontuário médico devido ao sigilo da informação”, completou a unidade médica.
A doença, causada pela ingestão de uma toxina que pode estar presente em alguns peixes e frutos do mar, é rara e pouco estudada ainda. Há registro de surtos e casos – e algumas mortes – nas regiões Norte e Nordeste do Brasil este ano, mas a jovem não viajou para essas localidades e o caso segue em investigação.
A prefeitura não informou se a mulher tem histórico de ingestão dos alimentos que podem transportar a toxina.
“Não é possível afirmar o histórico, mesmo porque o resultado do exame ainda não demonstrou ser um caso positivo e, mesmo que venha a se confirmar, o processo de investigação epidemiológica ainda é incipiente por se tratar de doença pouco conhecida”, disse, em nota.
Os exames de sangue e urina coletados da mulher foram enviados na última sexta (24) para um laboratório de referência para a síndrome de Haff – como a doença também é conhecida – em Santa Catarina (SC) e não há uma data prevista para a divulgação do resultado, explicou a Secretaria de Saúde do município.
A investigação do caso de Americana está sendo feita pela Vigilância Epidemiológica e foi divulgada na última quarta-feira (22). Se for confirmado, será o primeiro do estado de São Paulo.
A prefeitura informou que não há registro de outros casos suspeitos na cidade, e também não tem previsão de ações específicas da Vigilância Sanitária para auxílio na investigação.
“Por enquanto não houve nenhuma orientação dos órgãos de vigilância epidemiológica e sanitária do Estado ou mesmo do Ministério da Saúde, sobre condutas a serem tomadas neste sentido”, completou.