OTAN expressa preocupação com possível operação de “bandeira falsa” de Moscou na Ucrânia
A Otan está preocupada que a Rússia possa usar armas químicas em uma operação de “bandeira falsa” na Ucrânia, disse o secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, nesta terça-feira.
As alegações “absurdas” de Moscou sobre laboratórios biológicos e armas químicas fazem parte de uma “longa lista de mentiras”, que causa preocupação com a possibilidade de tal ataque, alertou o chefe da Otan.
“Eles alegaram que não planejavam invadir a Ucrânia, mas o fizeram. Eles alegaram que estavam retirando suas tropas, mas depois enviaram ainda mais. Eles afirmam estar protegendo civis, mas estão matando civis”, disse ele em entrevista coletiva em Bruxelas, acrescentando que a invasão “brutal” da Ucrânia pelo presidente russo Vladimir Putin está “causando morte e destruição todos os dias”.
“Isso chocou o mundo e abalou a ordem internacional”, acrescentou.
Os ministros da Defesa da Otan realizarão uma reunião em Bruxelas na quarta-feira.
Eis por que isso está em discussão: o presidente dos EUA , Joe Biden , alertou na sexta-feira que a Rússia pagará um “preço severo” se o país usar armas químicas na Ucrânia. Embora os EUA até agora não tenham apresentado nenhuma evidência de que a Rússia planeja usar armas químicas na Ucrânia, a Casa Branca – principalmente a secretária de imprensa Jen Psaki – alertou que as armas podem ser usadas no conflito. Em um tweet, ela também observou o “longo e bem documentado histórico de uso de armas químicas da Rússia”.
O governo dos EUA descobriu anteriormente que o governo russo usou armas químicas no envenenamento de 2020 do líder da oposição russa Alexey Navalny e em 2018 contra Sergei e Yulia Skripal na Inglaterra.