Os custos de não se vacinar nos EUA estão aumentando para trabalhadores e empresas

Quase um ano após a disponibilização gratuita das vacinas contra a Covid-19 nos Estados Unidos, um quarto dos adultos norte-americanos continua não vacinado, e está surgindo uma imagem do custo econômico da hesitação vacinal. Ele aponta para o risco financeiro para indivíduos, empresas e programas com financiamento público.

A hesitação em vacinas provavelmente já representa dezenas de bilhões de dólares em custos evitáveis ​​de hospitalização nos EUA e até centenas de milhares de mortes evitáveis, dizem especialistas em saúde pública.

Para indivíduos que renunciam à vacinação, os riscos podem incluir demissões e inelegibilidade para receber seguro-desemprego, prêmios de seguro mais altos, custos médicos crescentes ou perda de bolsas acadêmicas.

Para os empregadores, a hesitação em vacinar pode contribuir para locais de trabalho com falta de pessoal. Para os contribuintes, isso pode significar um dreno financeiro em programas como o Medicare, que oferece assistência médica para idosos.

Alguns empregadores estão procurando repassar um prêmio de risco para trabalhadores não vacinados, não muito diferente de como os fumantes podem ser obrigados a pagar prêmios de saúde mais altos. Uma companhia aérea disse que cobrará dos trabalhadores não vacinados US$ 200 a mais por mês em seguro.

“Quando as vacinas surgiram, parecia que todos queriam uma e a grande questão era quanto tempo levaria para atender à demanda”, disse Kosali Simon, professor de economia da saúde da Universidade de Indiana. “Não me ocorreu que, um ano depois, estaríamos estudando o custo de pessoas que não querem as vacinas.”

Alicia Royce, uma professora de educação especial de 38 anos em Coachella, Califórnia, optou por não receber a vacina COVID ou que seus dois filhos elegíveis para a vacina a recebessem. Os pais de Royce receberam as vacinas, mas ela se preocupou com questões como relatos de reações adversas.