Nikolas dispara contra ensino sobre mudanças climáticas nas escolas: “É apenas doutrinação”
O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) defendeu publicamente que o currículo escolar brasileiro seja alterado para incluir uma “multiplicidade de pontos de vista” na abordagem das mudanças climáticas, alegando combater a “doutrinação” na educação. O parlamentar apresentou uma emenda ao Plano Nacional de Educação (PNE), que está prestes a ser votado no Congresso e definirá o conteúdo das aulas em todo o país pelos próximos dez anos.
Ferreira busca assegurar o que chama de “isenção no ensino”, afirmando em sua proposta que a mudança “evita doutrinação e assegura que a escola apresente dados, métodos e incertezas de forma responsável, distinguindo ciência de ativismo”.
A emenda, segundo ele, visa formar o aluno para “decidir com base em evidências, preservando a neutralidade e o pluralismo”. A posição de Ferreira se alinha à de figuras internacionais e nacionais que questionam o consenso científico sobre o tema. O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, por exemplo, chamou as mudanças climáticas de a “maior farsa” em discurso na ONU em setembro, além de criticar previsões ambientais, que classificou como feitas por “pessoas estúpidas”.
No Brasil, o deputado Osmar Terra (PL-RS), ex-ministro do governo Bolsonaro, também já utilizou recordes de frio no inverno europeu para questionar o aquecimento global, sugerindo que seriam a prova do erro dos cientistas.
