Mais moradores terão que deixar suas casas em região que pode afundar em Maceió

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A Justiça Federal decidiu nesta quinta-feira (30) que os novos imóveis devem ser incluídos no mapa de reacolocação que prevê a retirada de famílias da área em risco de afundamento devido às décadas de mineração da Braskem em Maceió.

O problema começou em 2018. Desde então, mais de 14 mil propriedades em cinco bairros foram evacuadas, mas algumas dezenas de famílias ainda estão no limite da zona de risco. Diante da possibilidade de desabamento iminente da mina número 18, em Mutange, o município de Maceió declarou estado de emergência por 180 dias nesta quarta-feira (29).

Após a decisão judicial, a Defesa Civil de Maceió publicou um novo mapa de reacolocação elaborado em colaboração com a Defesa Civil Nacional e com apoio técnico do Serviço Geológico do Brasil (CPRM) e da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). O mapa incluí os 23 imóveis do bairro Bom Parto que são objeto da decisão judicial.

O marcador vermelho no mapa abaixo mostra a área contendo imóveis que passaram da criticidade 01 (menor risco) para criticidade 00 (maior risco) e precisam ser desocupados.

Após decisão judicial, Defesa Civil de Maceió divulga novo mapa de realocação — Foto: Defesa Civil de Maceió

A Defesa Civil de Maceió informou que a ampliação do mapa não indica riscos imediatos à população. A sua principal tarefa é melhorar constantemente estas áreas com o objetivo de prevenir e lidar de forma eficiente com possíveis situações de emergência.

A Braskem informou que continua monitorando a situação na Mina 18 e que os últimos dados mostram que a movimentação de solo continua concentrada na área desta mina. A empresa afirmou que “continua a tomar todas as medidas apropriadas para minimizar o impacto de quaisquer possíveis eventos” e continua a cooperar com as autoridades competentes

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