Mais de 150.000 soldados Russos posicionados perto da fronteira com a Ucrânia

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O chefe de política externa da UE, Josep Borrell, disse na segunda-feira que a Rússia reuniu mais de 150 mil soldados ao longo da fonteira ucraniana e na península da Crimeia anexada, enquanto os ministros das Relações Exteriores do bloco avaliavam a estratégia em relação a Moscou após o aumento militar.

Borrell disse que não há novas sanções econômicas ou expulsões de diplomatas russos planejadas por enquanto, apesar de dizer que o aumento militar nas fronteiras com a Ucrânia foi o maior de todos os tempos, conforme relatado pela Reuters.

É o maior deslocamento militar russo nas fronteiras ucranianas”, disse Borrell a jornalistas. “O risco de uma nova escalada é evidente, alertou.

Enquanto isso, o ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba, depois de se dirigir aos ministros das Relações Exteriores da UE por meio de videoconferência, pediu à UE que imponha novas sanções à Rússia.

“Eu propus um plano para desencorajar Moscou de uma nova escalada”, tuitou Kuleba; ” Vamos preparar um novo conjunto de sanções pontuais. As sanções individuais não são mais suficientes.”

Vinte e sete ministros das Relações Exteriores tiveram em uma videoconferência com Kuleba para enfatizar o apoio ocidental ao governo, em meio à escalada das tensões no leste do país e ao aumento de tropas Russas na fronteira. No domingo, Kuleba pediu um apoio ocidental mais forte, dizendo que “palavras de apoio não são suficientes”. Kuleba falou com seus homólogos do Báltico, que devem apoiar seu apelo durante a reunião de segunda-feira: “Pedimos à Rússia que retire suas tropas “, disse Borrell, de acordo com a The Associated Press (AP).

Mais de 14.000 pessoas morreram em sete anos de combates entre as forças ucranianas e separatistas apoiados pela Rússia no leste da Ucrânia, que eclodiram após a anexação da península da Crimeia pela Rússia em 2014.

A UE opôs-se firmemente à anexação, mas nada pôde fazer a respeito. Os esforços para chegar a um acordo político estagnaram e as violações de uma trégua instável se tornaram cada vez mais frequentes nas últimas semanas em todo o centro industrial do leste da Ucrânia, conhecido como Donbass.

Além disso, o impasse diplomático entre o Estado-membro da UE, a República Tcheca e a Rússia sobre as expulsões diplomáticas, após o envolvimento da Rússia em explosão de um depósito de munição em 2014, está aumentando a tensão entre os dois lados. Diplomatas disseram que há pouca ou nenhuma chance de novas sanções imediatas contra Moscou, porém a pressão continuará contra a Rússia

Na Alemanha, alguns políticos pediram o fim do projeto do gasoduto Nord Stream 2 com a Rússia. E no fim de semana, o presidente francês Emmanuel Macron disse que embora o diálogo com a Rússia seja essencial, não descarta possíveis sanções e limite sobre a atuação de Moscou contra a Ucrânia.

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