EUA preparam para armar Israel com bombardeiros furtivos B-2 para conter ameaça nuclear do Irã
Legisladores dos EUA apresentaram um projeto de lei que concederia ao presidente Donald Trump a autoridade para enviar bombardeiros B-2 e bombas “destruidoras de bunkers” para Israel, caso o Irã persista no desenvolvimento de armas nucleares. A proposta, noticiada pela Fox News nesta quarta-feira, busca capacitar Trump a “tomar medidas para garantir que Israel esteja preparado para todas as contingências”, conforme declarado pelos proponentes.
A iniciativa partiu dos deputados Josh Gottheimer (Democrata de Nova Jersey) e Mike Lawler (Republicano de Nova York). Gottheimer enfatizou a importância de impedir que o Irã, que ele descreveu como “o principal Estado patrocinador do terrorismo”, obtenha uma arma nuclear. “O Irã matou dezenas de americanos, incluindo nossos militares, e atacou repetidamente nosso principal aliado democrático, Israel. Israel deve ser capaz de se defender do Irã e garantir que o Irã não possa reconstruir suas capacidades nucleares”, afirmou Gottheimer em um comunicado. Lawler acrescentou que o projeto de lei “dá ao presidente a autoridade para equipar Israel com as ferramentas e o treinamento necessários para deter Teerã e tornar o mundo um lugar mais seguro”.
O projeto de lei inclui salvaguardas, exigindo que Trump justifique ao Congresso que tal ação é vital para a segurança nacional dos EUA e certifique que Israel não possui outros meios para destruir a infraestrutura nuclear subterrânea do Irã.
A proposta surge em um contexto de tensão contínua. Anteriormente, Trump havia ordenado secretamente ataques aéreos contra instalações nucleares iranianas, utilizando bombardeiros B-2 e bombas “destruidoras de bunkers”, declarando posteriormente que as instalações foram “obliteradas”.
Após a “Operação Midnight Hammer”, como os ataques foram nomeados, houve reações mistas no Congresso. A senadora Jeanne Shaheen (Democrata) expressou preocupação, afirmando que “os ataques de Israel contra o Irã representam uma escalada profundamente preocupante e inevitavelmente convidarão a contra-ataques”, colocando em risco as negociações com o Irã e a segurança de cidadãos americanos na região. Por outro lado, a deputada Marjorie Taylor Greene (Republicana da Geórgia) manifestou a aversão do povo americano a “guerras estrangeiras”, enquanto outros defenderam a ação como sendo do melhor interesse dos EUA.
A deputada Debbie Wasserman Schulz (Democrata da Flórida), por exemplo, tuitou: “Apoio firmemente o direito de Israel de se defender. O Irã há muito tempo financia grupos terroristas que matam americanos e se mobiliza para desenvolver armas nucleares contra Israel. Se os ataques de Israel prejudicarem o programa nuclear iraniano, todos estaremos mais seguros.” O presidente da Câmara, Mike Johnson (Republicano), também defendeu o ataque, reforçando que “Israel ESTÁ certo — e tem o direito — de se defender!”
