Eduardo Bolsonaro solta o verbo contra o pedido da PGR e envia mensagem incendiária para Moraes e Lula
O deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) está sob o holofote após o procurador-geral da República, Paulo Gonet, solicitar ao Supremo Tribunal Federal (STF) a abertura de uma investigação contra ele.1 A acusação é de suposta atuação contra autoridades brasileiras em solo norte-americano.2 O ministro Alexandre de Moraes, do STF, relator do caso, já determinou a abertura de inquérito.3
Em resposta, Eduardo Bolsonaro, que reside nos Estados Unidos desde março deste ano, classificou a ação do PGR como “politicamente motivada” e reiterou suas alegações de que o Brasil vive um “Estado de exceção”.4 Em publicações nas redes sociais, o parlamentar afirmou que sua mudança para os EUA visava garantir a liberdade para defender os brasileiros, algo que ele considera “quase impossível de se fazer no Brasil hoje” devido à “perseguição” que alega sofrer.5
Eduardo: “Não Mudei Meu Tom”
Eduardo Bolsonaro defendeu-se dizendo que “não mudou seu tom” e que não há “conduta nova” de sua parte.6 Ele reforçou a tese de que a “justiça” no Brasil “depende do cliente” e que “o processo depende da capa”.7 Para ele, a iniciativa do PGR é mais um “tiro no pé” que confirma a existência de um “Estado de exceção”.
O deputado licenciado traçou um paralelo com ações passadas da esquerda, que, segundo ele, teriam agido de forma “muito mais agressiva” contra ministros do STF e a Presidência da República sem nunca terem sido investigadas. Apesar disso, ele garantiu que a investigação não o “parará”, pois já esperava essa “reação dos serviçais do regime”.
Críticas e Apelo aos EUA
Em uma postagem com forte tom crítico, Eduardo Bolsonaro dirigiu-se ao PGR com a frase “Como católico, você deveria se envergonhar”. Ele comparou o inquérito a um “afogado que se debate para tentar se salvar, mas na verdade só faz afundar mais”, consolidando, em sua visão, um “ponto de não retorno”.
O parlamentar expressou confiança de que o secretário de Estado Marco Rubio e o ex-presidente Donald Trump não “acolherão a narrativa da esquerda”, mas sim “desistirão de sancionar os maiores violadores de direitos humanos da história do Brasil”. Ele citou como exemplos os “encarceradores em massa de senhoras desarmadas” e a condenação de Daniel Silveira.
Para Eduardo Bolsonaro, os Estados Unidos têm agora uma “chance de ouro” para “resgatar sua tradição de exportadores de liberdades e democracia”, aplicando “punições exemplares” a “Moraes e sua quadrilha tirânica”. O objetivo, segundo ele, seria “dar o exemplo aos protótipos de ditadores de outros países ou mesmo de dentro do Brasil”, enviando a mensagem de que “seguir esse caminho de psicopatia traz graves consequências”.
