Deputado petista pede bloqueio dos perfis de Nikolas Ferreira nas redes sociais
O deputado federal Rogério Correia (PT-MG) protocolou uma representação no Supremo Tribunal Federal (STF) solicitando ao ministro Alexandre de Moraes o bloqueio das redes sociais do também deputado Nikolas Ferreira (PL-MG). O petista justifica o pedido alegando que Nikolas cometeu “condutas criminosas” ao, supostamente, coagir a justiça e tentar obstruir o processo judicial.
A representação aponta que, durante uma manifestação na Avenida Paulista, em São Paulo, Nikolas Ferreira exibiu, por videochamada, o ex-presidente Jair Bolsonaro. O ex-presidente está proibido de usar redes sociais de forma direta ou indireta, como parte de medidas cautelares impostas pela Justiça.
Ataques ao STF e a Alexandre de Moraes
Além de exibir Bolsonaro na manifestação, Correia afirma que Nikolas utilizou a imagem do ex-presidente para incitar ataques ao STF. O deputado do PL teria dito frases como “o STF não está acima do Brasil” e “Alexandre de Moraes vai pagar pelo que está fazendo”, além de se dirigir diretamente ao ministro com a frase “sem a toga você não é nada”.
Para Rogério Correia, a atitude de Nikolas de mostrar a videochamada com o ex-presidente foi um “claro simbolismo de desafio e afronta institucional”.
O deputado do PT argumenta que o bloqueio das redes sociais de Nikolas Ferreira não seria censura, mas uma medida cautelar para restringir a principal ferramenta de “ataque institucional” do parlamentar. A solicitação pede que o bloqueio dure por, no mínimo, 90 dias, ou enquanto houver risco de repetição das condutas.
Na mesma representação, Rogério Correia pede que Alexandre de Moraes inicie um procedimento e encaminhe o caso à Procuradoria-Geral da República (PGR) para investigar possíveis crimes de coação no curso do processo e de tentativa de obstrução da Justiça.
O deputado do PT acredita que Nikolas Ferreira cometeu esses crimes ao hostilizar ministros do STF em suas redes sociais e ao convocar sanções nacionais e estrangeiras contra o Brasil. Segundo Correia, o deputado do PL tem utilizado suas redes “para a desestabilização social do Brasil e também para repercutir as sanções dos Estados Unidos ao Brasil”.
