Brasil enfrentará onda de calor extremo com risco de recordes históricos

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A primeira semana da nova estação será marcada por um fenômeno climático extremo. Uma intensa onda de calor deve elevar as temperaturas significativamente em grande parte das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste do Brasil. O cenário previsto pelos meteorologistas inclui tardes escaldantes e madrugadas com temperaturas atípicas para o mês de dezembro, configurando um padrão de calor persistente.

Tecnicamente, esse fenômeno é caracterizado quando os termômetros registram ao menos 5°C acima da média climatológica por um período mínimo de cinco dias consecutivos.

Este padrão meteorológico que antecede o Natal é causado por uma massa de ar quente e seco, que ganha força com a atuação da Alta Subtropical do Atlântico Sul. Esse sistema funciona como um bloqueio atmosférico, impedindo a chegada de frentes frias ou sistemas de chuva organizados que poderiam aliviar as temperaturas.

Ao contrário dos episódios anteriores de calor passageiro, a previsão atual indica uma continuidade do calor extremo até, pelo menos, o próximo domingo, dia 28 de dezembro. Os estados mais afetados incluem São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul.

São Paulo pode registrar recorde histórico de temperatura

No Sudeste, o calor será sentido com maior intensidade no interior paulista e no Triângulo Mineiro. A capital paulista vive a expectativa de quebrar recordes: com máximas previstas em torno de 35°C, os termômetros podem atingir a marca de 36°C, o que representaria o maior registro histórico para um mês de dezembro.

No Rio de Janeiro, após um período de instabilidade, o sol volta a brilhar com força total. Enquanto isso, no Centro-Oeste, o abafamento é a regra, com temperaturas elevadas acompanhadas de pancadas de chuva isoladas, típicas do clima tropical.

Mudança no cenário para o Sul após o Natal

Para os moradores de Santa Catarina e do Paraná, o pico do calor deve ocorrer entre esta terça-feira e o dia de Natal. A partir de então, a tendência é de uma redução gradual nas máximas com o retorno de chuvas mais frequentes, o que trará o tão esperado alívio térmico.

No entanto, o Rio Grande do Sul e o oeste catarinense seguem em alerta para temporais isolados nesta terça-feira (dia 23), com rajadas de vento que podem variar entre 40 km/h e 70 km/h e acumulados significativos de água em curto período.

Condições climáticas nas regiões Norte e Nordeste

Embora não estejam sob a influência direta da onda de calor do Centro-Sul, as regiões Norte e Nordeste apresentam dinâmicas próprias. No Norte, a instabilidade continua ativa em estados como Amazonas, Pará e Rondônia, onde há alto risco de temporais com volumes elevados de chuva.

Já no Nordeste, o calor é mais intenso no interior, enquanto a faixa litorânea conta com a ventilação oceânica para moderar as temperaturas. No interior nordestino, o tempo permanece predominantemente seco, com pancadas rápidas concentradas na Bahia, Piauí e Maranhão.

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