Bolsonaro será hospitalizado para cirurgia de hérnia e bloqueio de nervo

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A equipe médica do ex-presidente Jair Bolsonaro confirmou, em nota oficial divulgada neste domingo, que o político será submetido a uma intervenção cirúrgica para tratar uma hérnia inguinal bilateral. O diagnóstico foi estabelecido após a realização de exames clínicos e de imagem que identificaram a necessidade do procedimento. Segundo os especialistas Claudio Birolini, cirurgião geral, e Leandro Echenique, cardiologista, Bolsonaro precisará de internação hospitalar para a realização da chamada herniorrafia.

Atualmente, o ex-presidente encontra-se detido na Superintendência Regional da Polícia Federal, no Distrito Federal. Ele cumpre uma sentença de 27 anos e três meses de reclusão, determinada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no âmbito das investigações sobre tentativa de golpe de Estado.

Detalhes do quadro clínico e intervenção nervosa

Os exames diagnósticos revelaram que parte do intestino do ex-presidente projeta-se para fora da parede abdominal durante esforços que elevam a pressão interna do abdômen, conhecidos tecnicamente como manobra de Valsalva. Além da correção da hérnia, os médicos planejam realizar um bloqueio anestésico do nervo frênico. Essa medida é voltada para o controle de crises de soluços persistentes que não apresentaram melhora com o uso de medicamentos convencionais.

A equipe médica explicou que o bloqueio do nervo, responsável pelos movimentos do diafragma, visa atenuar esse desconforto durante o período de hospitalização. De acordo com a perícia realizada anteriormente pela Polícia Federal, esses soluços são decorrentes de uma lesão nervosa sofrida em uma cirurgia prévia, exigindo reparação específica para cessar as crises.

Autorização judicial e próximos passos

Embora a data exata da internação e o tempo de recuperação não tenham sido detalhados na nota, a logística para a cirurgia já possui o aval do judiciário. O ministro Alexandre de Moraes autorizou a intervenção na última sexta-feira, fundamentado em um laudo da perícia médica da PF.

O documento pericial sugeriu que a operação ocorra o quanto antes, porém classificou o procedimento como “eletivo”, indicando que não há uma emergência imediata de risco de vida. Diante dessa classificação, o ministro Moraes determinou que a defesa do ex-presidente sugerisse o cronograma para a realização dos procedimentos hospitalares.

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