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Bolsonaro aborda a possibilidade de Michelle Bolsonaro concorrer ao Planalto em 2026 e os impactos de uma eventual condenação no STF

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Jair Bolsonaro (PL) declarou, em entrevista ao UOL nesta quarta-feira (14/5), que uma eventual condenação pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no caso do suposto golpe de 2022 representaria o “fim do jogo” para ele, dada a impossibilidade de recursos adicionais.  

O ex-presidente, notório crítico do STF, expressou seu descontentamento com o desgaste da Corte. “Não há mais instâncias de recurso. Se eu for condenado, acabou, é ‘game over'”.

“Vamos observar a reação da população. Fora do Brasil, o caso ganha repercussão. Romênia, França e EUA também enfrentaram o ‘lawfare’, e isso prejudica a imagem do Supremo”, afirmou, referindo-se ao termo que descreve o uso da lei para prejudicar adversários políticos.

“Não me alegra desgastar o Supremo. As pesquisas de popularidade mostram que a Corte está atrás do Legislativo. Não entendo essa perseguição implacável contra mim”, acrescentou.

Apesar da gravidade da situação, Bolsonaro manteve a postura de não indicar um sucessor. Ele elogiou Tarcísio de Freitas (Republicanos), governador de São Paulo, mas não o apontou como candidato.

Michelle Bolsonaro e Eduardo Bolsonaro como possíveis candidatos

Bolsonaro não descarta a possibilidade de sua esposa, Michelle Bolsonaro, ou seu filho, Eduardo Bolsonaro, concorrerem nas próximas eleições.

“Michelle não buscou destaque nas pesquisas, mas seu nome aparece à frente de Lula. Ela foi uma primeira-dama exemplar, é mulher, fala bem e é evangélica, o que lhe garante o apoio de grande parte da população”, declarou.

Sobre a possível candidatura de Michelle, Bolsonaro disse: “Ela pode ser candidata? Não sei. Eduardo, que está nos Estados Unidos, também aparece em algumas pesquisas, atrás de Lula, mas aparece. Ainda há tempo. Não posso decidir agora”.

Bolsonaro reafirmou sua esperança de concorrer à presidência em 2026. “Vou lutar até o último segundo”, afirmou, criticando sua inelegibilidade e atribuindo a responsabilidade ao ministro Alexandre de Moraes, do STF. “Eleição sem meu nome na chapa é uma negação da democracia. O que Alexandre de Moraes faz é ‘lawfare’, para me tirar de combate”.

O ex-presidente cobrou uma postura mais incisiva dos governadores aliados em defesa de sua elegibilidade, sugerindo que questionem publicamente o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). “Não é uma estratégia política, vou lutar até o fim. Michel Temer se manifestou sobre o assunto. É um direito dele, ninguém esquece a política. Mas gostaria que os governadores perguntassem: ‘Por que Bolsonaro está inelegível? Essas acusações são válidas?'”, concluiu.   Fontes e conteúdo relacionado

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