Baiana que mora no Líbano conta que ouviu estrondo de explosão: ‘Não quis acreditar’

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A baiana Gabriela Wunners, moradora da cidade de Zale, no Líbano, contou em entrevista à TV Bahia, que conseguiu ouvir o estrondo da explosão que deixou mais de 100 mortos e cerca de 5 mil feridos, na região portuária de Beirute (reveja aqui). O local onde ela mora fica 50 km distante de onde a tragédia aconteceu.

“EU NUNCA PRESENCIEI TERREMOTO, NADA DISSO, COMO UMA BOA BAIANA, MAS DEU UM TREMOR E EU NÃO QUIS ACREDITAR. QUANDO EU OLHEI PARA O CÉU, VI UMA MASSA DE NUVEM MEIO ROSADA, MUITO DIFERENTE”, DISSE GABRIELA WUNNERS.

Gabriela é administradora e mora no Líbano com o marido, o ex-goleiro do Vitória, Vitor. Ela e o marido dão aulas de futebol para refugiados da Síria. “Nós temos amigos militares, amigos que inclusive trabalham na Marinha, brasileiros, mandamos mensagens e estava todo mundo muito perdido”.

Segundo Gabriela, os moradores da região mostram medo e tensão. A cidade de Zale teve o lockdown, por causa da Covid-19, suspenso após a explosão.

“A FEIÇÃO DAS PESSOAS DE MEDO, DE TENSÃO. AS INSTITUIÇÕES NA MINHA CIDADE TIVERAM ATIVIDADES CANCELADAS ONTEM, MAS O LOCKDOWN, POR CONTA DA COVID-19 FOI SUSPENSO. ENTÃO, REABRIU-SE AS LOJAS. ESTÁ TODO MUNDO MUITO PERDIDO”, CONTOU GABRIELA WUNNERS.

O governo do Líbano decidiu, nesta quarta-feira (5), colocar todos os funcionários responsáveis pelo porto de Beirute desde 2014 em prisão domiciliar. É uma das ações em resposta à explosão do armazém na região portuária da capital do país.

O Líbano declarou estado de emergência de duas semanas. Nesse período, a segurança do país fica à cargo do Exército. Em entrevista a uma rede local de televisão, o ministro da Saúde, Hamad Hassan, disse que a explosão deixou cerca de 5 mil feridos e, ao menos, 135 mortos.

O governo local informou, também, que 250 mil pessoas estão desabrigadas, porque tiveram suas casas transformadas em escombros após a explosão. A suspeita é que ela tenha partido de um armazém onde se guardava material com potencial explosivo.

O Exército libanês vai supervisionar a prisão dos funcionários até que se identifique quem deixou 2.750 toneladas de nitrato de amônio por seis anos em um depósito. Não está claro quantas pessoas foram presas nesta quinta e qual cargo ocupavam dentro da autoridade portuária.

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