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Arábia Saudita sinaliza adesão iminente aos Acordos de Abraão, diz Trump

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O presidente dos EUA, Donald Trump, expressou na sexta-feira 17/10) sua confiança na iminente expansão dos Acordos de Abraão, afirmando à Fox News que autoridades sauditas lhe indicaram “ainda ontem” a disposição de Riad em aderir ao pacto de normalização com Israel.

Trump defendeu que o cessar-fogo em Gaza e a neutralização da ameaça nuclear iraniana criaram um ambiente propício para que nações árabes e muçulmanas estabeleçam laços com Israel. Ele disse esperar que a Arábia Saudita se junte em breve, pois acredita que isso levará à adesão de outros países. “Acho que quando a Arábia Saudita entra, todo mundo entra”, declarou.

Ao ser questionado sobre a indicação saudita, o ex-presidente respondeu: “Sim, sim. Mesmo recentemente, tipo, ontem. Tive algumas conversas muito boas.” No entanto, o texto original levanta dúvidas sobre se Trump falou diretamente com autoridades sauditas, citando um incidente anterior em que ele sugeriu ter falado com o Hamas, mas depois esclareceu que a comunicação foi feita por meio de sua equipe.

Obstáculos sauditas e a solução de Dois Estados

Apesar do otimismo de Trump, o texto lembra que a Arábia Saudita mantém a posição de que não normalizará as relações com Israel sem um caminho “confiável, com prazo determinado e irreversível” para a criação de um Estado palestino.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, aceitou verbalmente o plano de paz de 20 pontos de Trump, que inclui a possibilidade de um Estado palestino, mas o próprio Trump já reconheceu a “compreensível” oposição de Netanyahu e disse não ter decidido se apoia a solução de dois Estados – um requisito saudita. Além disso, o acordo de cessar-fogo entre Israel e Hamas não incluiu a parte do plano de Trump relativa a um possível Estado palestino.

Otimismo persiste

Ainda assim, Trump se mostrou otimista, dizendo à Fox News que a expansão dos Acordos de Abraham ocorrerá “em breve”. Ele também elogiou os países que já assinaram em 2020 por sua “coragem” em fazê-lo quando o Irã era mais forte.

O enviado especial dos EUA, Steve Witkoff, também se manifestou otimista sobre “expandir seriamente” os Acordos de Abraham. Witkoff, que enfatizou a importância de oferecer “empregos, educação, esperança e aspirações” aos moradores de Gaza, disse que a paz salvará vidas e trará dignidade, prometendo expandir os acordos “rapidamente”. Ele também reiterou a exigência de que o Hamas se desarme “inequivocamente” e não tenha futuro em Gaza.

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