Alexandre de Moraes nega pedido de liberdade e mantém Braga Netto na prisão
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu manter a prisão preventiva do General da reserva e ex-candidato a vice-presidente Braga Netto nesta segunda-feira (3).
O militar está detido desde dezembro do ano passado sob a acusação de obstruir a investigação sobre a tentativa de golpe de Estado que visava impedir a posse do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Moraes fundamentou a manutenção da prisão citando a condenação de Braga Netto na ação penal da trama golpista a 26 anos e seis meses de prisão, além do pagamento solidário de R$ 30 milhões pelos danos causados nos atos de 8 de janeiro de 2023. O ministro destacou o “fundado receio de fuga do réu”, argumentando que a prisão preventiva é necessária para garantir a aplicação da lei penal, citando casos análogos de condenados pelo 8/1/2023.
As investigações da Polícia Federal apontaram que Braga Netto, considerado um dos principais articuladores do plano golpista, tentou obter informações sigilosas da delação premiada de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro. A defesa do general, no entanto, nega as acusações de obstrução às investigações.