La Niña chega com tudo e deve trazer impactos ao Brasil
O fenômeno La Niña está de volta ao Oceano Pacífico, conforme o mais recente relatório da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA). O sistema de resfriamento das águas equatoriais começou em setembro e tem uma alta probabilidade de se manter ativo até o início de 2026.
Especialistas norte-americanos confirmam que as temperaturas da superfície do mar no Pacífico central e oriental estão até 0,5 °C abaixo da média, sinalizando o fortalecimento do fenômeno. A La Niña se caracteriza pelo resfriamento do Pacífico equatorial, contrastando com o El Niño, que é o aquecimento dessas águas.
Esta oscilação natural oceano-atmosférica já está alterando o clima global, com os sinais típicos do fenômeno: ventos vindos do leste mais fortes, aumento de chuvas na região da Indonésia e condições mais secas no Pacífico central.
Os Impactos da La Niña no Brasil
A NOAA classificou o atual episódio de La Niña como fraco, sugerindo que seus efeitos serão menos severos do que em eventos passados.
Historicamente, a La Niña altera os padrões climáticos no Brasil, com os seguintes impactos esperados:
- Norte e Nordeste: Aumento do volume de chuvas acima da média, especialmente durante o período do verão.
- Sul: Tendência a um tempo mais seco e frio. Essa condição pode levar a um agravamento ou antecipação de estiagens em regiões agrícolas.
- Risco Ambiental: Há um risco maior de incêndios nas áreas da Amazônia e do Pantanal se a redução das chuvas coincidir com meses críticos nessas regiões.
A NOAA continuará monitorando as condições e divulgará uma nova atualização no próximo dia 13 de novembro.
