Silas Malafaia se manifesta em culto no Rio sobre operação da PF e critica Alexandre de Moraes
O pastor Silas Malafaia participou de um culto no Rio de Janeiro um dia após ser alvo de uma operação de busca e apreensão da Polícia Federal (PF). Durante o culto, Malafaia se defendeu das críticas por seu apoio passado ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, reforçou sua independência política e questionou a apreensão de seu passaporte.
Em sua fala, o líder da Assembleia de Deus Vitória em Cristo afirmou que seu apoio a Lula ocorreu em um momento em que a esquerda não havia “mostrado suas garras” e o petista não era alvo de denúncias de corrupção. Ele destacou que a decisão de afastar-se do PT foi baseada em declarações de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) durante a Operação Lava Jato.
Malafaia, que é um crítico frequente do ministro Alexandre de Moraes, declarou que sabia que “a conta ia chegar”. Ele também rebateu a apreensão de seu passaporte pela PF: “Se eu quisesse fugir eu ficava lá [em Portugal]. Como apreendem o passaporte de um líder religioso respeitado?”, questionou.
O pastor ressaltou sua autonomia política, afirmando não ser um “bolsominion” e que elogia ou critica quando necessário. “Continuo do lado deles [família Bolsonaro] porque me respeitam”, disse.
A operação da PF, que investiga um grupo suspeito de atuar na “definição de estratégias de coação e difusão de narrativas inverídicas” contra membros do STF, não indiciou Malafaia. No entanto, um relatório da corporação menciona mensagens trocadas entre ele e o ex-presidente Jair Bolsonaro. Em uma das conversas, datada de 11 de julho, Malafaia critica duramente Eduardo Bolsonaro, filho do ex-presidente.
“DESCULPA PRESIDENTE! Esse seu filho Eduardo é um babaca, inexperiente, que está dando a Lula e à esquerda o discurso nacionalista e ao mesmo tempo te ferrando. Um estúpido de marca maior”, escreveu o pastor, que ainda relata ter repreendido Eduardo. “A próxima que você fizer, eu gravo um vídeo e te arrebento”, teria dito.
