Brasil identifica mais casos suspeitos de gripe aviária em Santa Catarina e Tocantins
Um caso suspeito de gripe aviária em uma produção comercial de Ipumirim, no Oeste de Santa Catarina, está sob investigação, conforme informações divulgadas nesta segunda-feira (19) pelo município e pelo mapa atualizado diariamente pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). Em todo o país, são dois casos já confirmados e outros seis ainda aguardam análise laboratorial.
Os casos confirmados até o momento são em uma granja comercial de Montenegro (RS) e em cisnes de um zoológico em Sapucaia do Sul (RS). Além da suspeita em Ipumirim (SC), as outras investigações ocorrem em granjas comerciais de Aguiarnópolis (TO) e em produções familiares para subsistência em Triunfo (RS), Gracho Cardoso (SE), Salitre (CE) e Nova Brasilândia (MT).
Diante da confirmação de um foco da doença no estado vizinho, Santa Catarina, que faz divisa apenas com o Rio Grande do Sul, adotou uma medida preventiva para evitar a disseminação da gripe aviária em seu território. O governo catarinense anunciou, em nota técnica divulgada no domingo (18), a proibição da entrada de aves vivas e ovos férteis provenientes de 12 municípios gaúchos: Cachoeirinha, Canoas, Capela Santana, Esteio, Gravataí, Montenegro, Nova Santa Rita, Novo Hamburgo, Portão, São Leopoldo, Sapucaia do Sul e Triunfo.
A restrição, segundo a nota técnica, visa a adoção de “medidas imediatas de contenção, mitigação e prevenção à disseminação da doença”. O governo catarinense esclareceu, no entanto, que “está autorizado o ingresso em Santa Catarina de produtos de origem animal de aves, oriundos do Rio Grande do Sul, exceto ovos comerciais provenientes dos municípios citados anteriormente, que compõem a zona de contenção do foco”.
O Mapa também tranquilizou a população, informando que a gripe aviária não é transmitida pelo consumo de carne de aves nem de ovos. “A população brasileira e mundial pode se manter tranquila em relação à segurança dos produtos inspecionados, não havendo qualquer restrição ao seu consumo”, afirmou o ministério em comunicado.
As autoridades sanitárias reforçam que o risco de infecção em humanos pelo vírus da gripe aviária é considerado baixo e geralmente ocorre em pessoas com contato direto e intenso com aves infectadas, vivas ou mortas. As medidas previstas no plano nacional de contingência já estão sendo implementadas com o objetivo de conter a doença, garantir a segurança alimentar e evitar impactos na produção avícola.