UE e Ucrânia propõem conselho de paz com Trump para pôr fim à guerra
Nações europeias, em colaboração com a Ucrânia, estão finalizando uma proposta de paz de 12 pontos para encerrar a guerra com a Rússia nas linhas de batalha atuais. O plano, que rejeita as novas exigências do presidente russo Vladimir Putin por concessões territoriais à Ucrânia, prevê que um conselho de paz presidido pelo presidente dos EUA, Donald Trump, supervisione sua implementação.
A proposta europeia estabelece que, após um cessar-fogo mútuo e o compromisso de ambos os lados em interromper avanços territoriais, medidas essenciais seriam implementadas:
- Retorno de todas as crianças ucranianas deportadas e troca de prisioneiros.
- Garantias de segurança e fundos de reconstrução para a Ucrânia, além de um caminho rápido para adesão à União Europeia (UE).
- Suspensão gradual de sanções à Rússia, com a devolução de cerca de US$ 300 bilhões em reservas congeladas do banco central russo condicionada à contribuição de Moscou para a reconstrução da Ucrânia.
- Negociações sobre a governança dos territórios ocupados, sem que a Europa ou a Ucrânia reconheçam legalmente a anexação russa.
Pressão de Trump e rejeição da Rússia
A iniciativa europeia ocorre em um momento de intensa pressão. O plano ecoa o apelo de Trump para um “congelamento” imediato do conflito nas linhas atuais. Após reuniões com Putin e o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, Trump defendeu publicamente que os lados “parem onde estão” e discutam o território posteriormente.
No entanto, a Rússia tem rejeitado o fim dos combates nas atuais linhas e, segundo fontes, Putin renovou suas demandas maximistas, pedindo a cessão de toda a região do Donbass à Rússia durante sua conversa com Trump.
Líderes europeus manifestaram “apoio veemente” a uma interrupção imediata da guerra. Contudo, há preocupações entre os aliados de Kiev de que Trump tenha voltado atrás na pressão contra a Rússia após seu diálogo com Putin.
Zelensky e os próximos passos
O presidente Zelensky, embora critique a escolha de Budapeste para o encontro (devido à postura pró-Rússia do primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán), afirmou que participará da cúpula se for convidado. Ele demonstrou otimismo, dizendo estar “mais próximo de um possível fim da guerra”, creditando a Trump a vontade de encerrar o conflito.
No entanto, a reunião de Zelensky na Casa Branca foi tensa. Fontes indicam que Trump o pressionou a aceitar rapidamente um acordo e que autoridades americanas cogitaram a possibilidade de concessões territoriais por parte da Ucrânia.
O plano europeu ainda está sendo finalizado e precisa da aprovação de Washington. Autoridades europeias podem viajar aos EUA esta semana para negociações. Enquanto isso, cúpulas na UE discutirão sanções adicionais e o uso de ativos russos congelados para financiar a Ucrânia.


