Ucrânia lança bombardeio e afunda navio russo no porto do Cáspio carregado de drones iranianos
A Ucrânia reivindicou a autoria de um ataque de drone de longo alcance contra um navio de suprimentos russo no Mar Cáspio, horas antes de uma cúpula entre o presidente dos EUA, Donald Trump, e o presidente russo, Vladimir Putin, no Alasca. O ataque, que atingiu o navio em um porto a mais de 800 quilômetros da linha de frente, é visto como uma demonstração de força ucraniana em um momento crucial.
O navio, identificado como Port Olya-4, foi fotografado parcialmente submerso perto de Astrakhan. O Estado-Maior ucraniano afirmou que o cargueiro transportava componentes de drones do tipo Shahed e munição do Irã. O ataque também visou uma refinaria de petróleo na região russa de Samara.

A ofensiva ocorre em um contexto de pressão militar sobre as forças de Kiev. Relatórios indicam que grupos de sabotadores russos conseguiram penetrar cerca de 10 quilômetros nas defesas ucranianas na província de Donetsk, no leste do país. Tropas de elite, incluindo o Corpo de Azov, estão combatendo a infiltração.
A estratégia russa e a resposta ucraniana
Analistas militares apontam que a Rússia intensificou o uso de drones na região de Pokrovsk para isolar unidades ucranianas, atacando rotas de suprimentos e rotação de tropas. Essa tática tem dificultado a resposta da Ucrânia, que enfrenta a escassez de tropas e uma extensa linha de frente.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskyy, reconheceu a necessidade de reforçar o setor, afirmando que a Rússia está usando seus avanços militares para tentar obter uma posição política mais favorável na reunião com Trump. Segundo Zelenskyy, o ataque ucraniano no Mar Cáspio visa mostrar que a Ucrânia continua capaz de causar danos significativos às forças russas.
O ataque a um navio com componentes de drones iranianos ressalta a contínua dependência russa de suprimentos externos, embora a Rússia agora fabrique drones Shahed em seu próprio território. A Ucrânia tem demonstrado repetidamente a capacidade de atingir alvos logísticos e energéticos a centenas de quilômetros de distância, buscando impactar o esforço de guerra do Kremlin.
