Trump reage a e-mails de Epstein e classifica divulgação como “farsa democrata”

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O presidente Donald Trump se manifestou após a divulgação de e-mails em que o falecido criminoso sexual Jeffrey Epstein alegadamente afirma que Trump “sabia sobre as garotas” e que uma das vítimas passou “horas” em sua casa na Flórida. Utilizando sua rede social Truth Social, Trump condenou a revelação dos e-mails, acusando os democratas de tentarem “ressuscitar a farsa de Jeffrey Epstein” para desviar a atenção de questões como a paralisação do governo. Ele alertou os republicanos para que evitem cair nessa “armadilha”, pedindo que se concentrem em “reabrir nosso país e reparar os enormes danos causados ​​pelos democratas!”.

Os e-mails, divulgados por democratas do Comitê de Supervisão da Câmara, incluem uma mensagem de 2011 de Epstein para Ghislaine Maxwell onde ele sugere que Trump é o “cachorro que não latiu” e que estava “75% convencido” de que ele não seria um problema, apesar de a vítima ter passado “horas na minha casa com ele”.

Em outra mensagem de 2019 ao jornalista Michael Wolff, Epstein afirmou que “é claro que ele sabia das meninas, já que pediu a Ghislaine para parar”. A Casa Branca e os republicanos da Câmara identificaram a vítima não nomeada nos e-mails como Virginia Giuffre, que em um depoimento de 2016 disse que “nunca viu ou testemunhou Donald Trump participar desses atos”, embora tivesse ouvido que ele estava na casa de Epstein.

Em defesa do presidente, a secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, declarou que os e-mails “não provam absolutamente nada além do fato de que o presidente Trump não fez nada de errado”. Leavitt destacou que Trump e Epstein eram vizinhos em Palm Beach, mas que Trump expulsou Epstein do Mar-a-Lago por ser um “pedófilo e um crápula”.

Ao ser questionada sobre a pressão para a divulgação completa dos arquivos de Epstein, Leavitt chamou a iniciativa de “farsa fabricada pelo Partido Democrata”, mas garantiu que o Departamento de Justiça já divulgou dezenas de milhares de documentos. A pressão pela divulgação total dos arquivos deve ganhar força com a posse da recém-eleita deputada democrata Adelita Grijalva, cuja assinatura deve completar o número necessário para forçar uma votação na Câmara.

Por fim, Leavitt não negou uma reportagem da ABC News sobre um suposto esforço da Casa Branca para convencer a deputada republicana Lauren Boebert a retirar seu nome da petição de liberação dos arquivos, afirmando apenas que não detalharia as conversas internas, mas sugerindo que a disposição do governo em informar os membros do Congresso demonstrava transparência.

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